Portugueses retirados do Líbano já chegaram (Governo admite trazer mais)
A operação da Força Aérea de repatriamento de portugueses do Líbano começou na sexta-feira e teve duas fases.
© Força Aérea Portuguesa
País Médio Oriente
O avião KC-390, da Força Aérea Portuguesa, aterrou no Aeródromo Militar de Figo Maduro, em Lisboa, por volta das 20h30 e com ele trouxe o grupo de 44 pessoas que requisitaram a retirada do Líbano para Portugal, composto por 28 cidadãos portugueses e pelas respetivas famílias.
A operação da Força Aérea de repatriamento de portugueses do Líbano começou na sexta-feira, envolvendo duas fases: uma primeira, em que os cidadãos nacionais e seus familiares foram transportados para Lanarca, no Chipre; e uma segunda fase, concluída no sábado, com o seu transporte do Chipre para Portugal. A operação envolveu os aviões Falcon-50 e KC-390 da FAP.
O grupo de 44 elementos é composto pelas 24 pessoas já indicadas na sexta-feira e outras 20 que entretanto apresentaram o mesmo pedido.
Após a chegada dos portugueses, o secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros, Nuno Sampaio, que os recebeu em Figo Maduro, realçou o "sucesso" da missão de repatriamento e admitiu a "possibilidade" de operações futuras, assegurando que o Governo "tem capacidade de resposta para acolher outras situações que possam surgir".
Em declarações aos jornalistas a partir do aeroporto de Figo Maduro, o governante sublinhou que os portugueses e familiares que "demonstraram vontade de sair" do Líbano "chegaram com sucesso".
"Queria também felicitar todo o trabalho e articulação do Ministério dos Negócios Estrangeiros, das Forças Armadas, em particular da Força Aérea, que demonstraram a capacidade de resposta num momento no terreno bastante delicado. Não é a mesma coisa fazer este tipo de missão em tempo de paz e fazer com a situação que, neste momento, se vive no Médio Oriente e, em particular, no Líbano", frisou, deixando assim uma "palavra de reconhecimento".
Israel iniciou na passada segunda-feira uma campanha de intensos bombardeamentos contra o movimento xiita libanês Hezbollah no sul e no leste do Líbano, mas também nos subúrbios sul da capital, Beirute, após mais de 11 meses de intenso fogo cruzado na fronteira israelo-libanesa, iniciados um dia depois de o movimento islamita palestiniano Hamas - de que o Hezbollah é aliado - ter efetuado em território israelita, a 07 de outubro, um ataque que fez cerca de 1.200 mortos e 251 reféns.
A escalada da violência entre Israel e o Hezbollah tem levado milhares de pessoas a abandonar o Líbano.
No sábado, o movimento xiita confirmou a morte do seu líder, Hassan Nasrallah, num bombardeamento israelita.
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