Apesar das críticas das associações sindicais, do homólogo do Porto, do PS e do Bloco de Esquerda, o presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas, vai "insistir" para que a sua proposta de pôr a Polícia Municipal a deter suspeitos de crimes avance. Para o autarca, avançar com esta medida é "fazer o óbvio" para reduzir a insegurança na cidade.
"Estou aqui para os lisboetas. Aliás, o meu partido até já votou contra mim na Assembleia Municipal, em algumas ocasiões. Se não há mais PSP, tem de haver mais Polícia Municipal", justificou Carlos Moedas numa entrevista à Rádio Renascença.
O autarca, na semana passada, deu ordem para a Polícia Municipal deter cidadãos em casos de flagrante delito, revelando que há "imensos casos, infelizmente, em que essa entrega sob detenção é feita dentro da lei".
O social-democrata sublinhou que o seu pedido ao Governo "é que se mude a lei para que um polícia municipal, que é um PSP" - quando encontrar alguém a roubar na rua, quando há um ato de vandalismo ou um crime -, possa apanhar essa pessoa "e levá-la para a esquadra".
De acordo com a legislação, a Polícia Municipal "é um serviço municipal especialmente vocacionado para o exercício de funções de polícia administrativa", que tem, sobretudo, competências de fiscalização.
Questionado também sobre o problema da falta de habitação em Lisboa, Moedas prometeu, "com certeza", a construção de mais casas e afirmou que a falta de licenças para construir também impulsionou o aumento de preços.
"Desde que aqui chegámos, já licenciámos mais de oito mil habitações. Não há soluções mágicas", acrescentou o presidente da Câmara de Lisboa.
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