Um amigo da mulher que foi assassinada pelo português Vítor Anibal Temporao Martins, na última semana, em Colònia de Sant Jordi, Palma de Maiorca, Espanha, contou que a vítima tinha medo do genro e dizia sempre que ele era "muito agressivo".
"Ela dizia sempre que ele era muito agressivo, sobretudo quando estava a beber. De facto, ele estava sempre bêbado", disse o homem, que falou, sob anonimato, à Mallorca Magazine, segundo cita o jornal local Ultima Hora.
"Normalmente, ela enviava-me sempre uma saudação de manhã e outra à tarde. Mas depois da saudação da manhã, na passada quarta-feira, nunca mais tive notícias dela", acrescentou.
Recorde-se que foi na passada quarta-feira, 25 de setembro, que o português, de 47 anos, assassinou a sogra, de 74, numa casa de campo na zona de Ses Colònies.
O homem, que vivia na casa com a sua ex-companheira e a sogra, de nacionalidade suíça, terá ido à cozinha e, quando viu que já não havia cerveja no frigorífico, ficou furioso, originando uma discussão. Acabou por matá-la com um machado.
Vítor e a filha da vítima estariam separados no momento do crime, desde 2022, mas o homem ainda vivia na casa da família por estar desempregado e não ter para onde ir. Os vizinhos afirmam que as discussões entre os três eram frequentes e que o português tinha um carácter muito violento.
Vítor Anibal Temporao Martins tinha sido absolvido há dois meses de uma acusação de violência doméstica contra a ex-companheira. Na altura, o suspeito admitiu ter agredido a ex-companheira e o Ministério Público espanhol pediu um ano de prisão pelo crime, mas Vítor Martins acabou por se absolvido por não ter ficado claro se o crime aconteceu em Espanha ou em Portugal.
O homem, que está em prisão preventiva, tinha também oito antecedentes criminais, desde 2006 até 2023, por delitos contra a segurança coletiva, por condução alcoolizada, agressões a agentes da autoridade, danos e maus tratos em âmbito familiar e violação de sentença.
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