Numa nota publicada hoje na página na Internet da Procuradoria-Geral Distrital do Porto, o Ministério Público (MP) considerou "fortemente indiciado" que o arguido, "alimentado pelo desejo de retaliar pelo fim da relação de namoro que manteve com a vítima e pelo novo relacionamento amoroso desta, decidiu matá-la, o que fez".
De acordo com o despacho da acusação, o arguido deslocou-se, no seu veículo automóvel, até junto do local de trabalho, em Matosinhos, onde aguardou a saída da mulher e, quando esta circulava pela via pública, "acelerou fortemente a marcha, subiu o passeio, e embateu com o veículo no corpo da vítima, projetando-a para a estrada".
"De seguida, por sete vezes (em manobras de avanços e recuos), o arguido passou com os rodados do veículo por cima do corpo da vítima, com especial incidência na zona da cabeça, provocando-lhe a morte", esclarece, na mesma nota.
Segundo o MP, ao ser surpreendido pela presença de um popular no local que acorreu em socorro da vítima, o arguido "decidiu investir sobre este, pelo que prosseguiu a marcha, invadiu a faixa de circulação contrária. Direcionou o veículo para o corpo do homem, só não o atingindo porque conseguiu saltar para o meio de dois carros aparcados na via pública", refere.
O arguido, que se encontra em prisão preventiva, fugiu do local, vindo a ser intercetado pelas autoridades policiais minutos mais tarde.
Leia Também: Bombeiro que combatia chamas em Oliveira de Azeméis morre de doença súbita