"Não há nada que" Governo tenha dito que "desvie" do respeito pelos media

O ministro da Presidência, António Leitão Amaro, reiterou hoje que o Governo respeita o papel dos jornalistas e que "não há nada que em algum momento" tenha dito "que se desvie" da preocupação em valorizar a profissão.

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Lusa
09/10/2024 14:31 ‧ 09/10/2024 por Lusa

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"Respeitamos profundamente a condição e o papel dos jornalistas e estamos muito empenhados em valorizar e contribuir para a valorização, com instrumentos indiretos, para o exercício da profissão", afirmou Leitão Amaro, na conferência de imprensa após a reunião do Conselho de Ministros, onde foi aprovada a proposta de lei do Orçamento do Estado para 2025 e medidas para o setor da cultura.

 

E acrescentou: "Não há nada que em algum momento tenhamos dito que se desvie dessas preocupações".

O ministro da Presidência reiterou que o Governo pretende um jornalismo independente e com as condições para realizar um "trabalho fundamental para democracia, para a liberdade de imprensa, para a liberdade de discussão".

Leitão Amaro foi questionado sobre as declarações do primeiro-ministro, na terça-feira, perante uma plateia com muitos presidentes de empresas de órgãos de comunicação social nacionais e de dezenas de jornalistas, expressando que pretende em Portugal um jornalismo livre, sem intromissão de poderes, sustentável do ponto de vista financeiro, mas mais tranquilo, menos ofegante, com garantias de qualidade e sem perguntas sopradas.

O líder do executivo considerou que seria melhor se a comunicação social fosse "mais tranquila na forma como informa, na forma como transmite os acontecimentos e não tão ofegante".

"Uma das coisas que mais me impressiona hoje, quero dizer-vos aqui olhos nos olhos, é estar com seis ou sete câmaras à minha frente e ter os jornalistas a fazerem-me perguntas sobre determinado acontecimento e ver que a maior parte deles tem um auricular no qual lhe estão a soprar a pergunta que devem fazer. E outros à minha frente pegam no telefone e fazem a pergunta que já estava previamente feita", declarou, considerando isso "não é uma especial qualificação".

Mais tarde no mesmo dia, o ministro dos Assuntos Parlamentares, Pedro Duarte, defendeu que o primeiro-ministro quis alertar para a necessidade de o jornalismo ser valorizado, enquanto pilar da democracia, com as devidas qualificações, meios e condições.

À noite, o primeiro-ministro foi entrevistado na SIC por Maria João Avillez, que, segundo o Sindicato dos Jornalistas, não tem carteira profissional, obrigatória para o exercício da profissão.

Leia Também: Livre quer na AR ministro Pedro Duarte, RTP e Sindicato dos Jornalistas

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