O militar Aliu Camará terminou o primeiro curso de Formação de Praças do Quadro Permanente, "apesar da sua limitação física, contraída num malogrado acidente" em 2019, na missão da ONU na RCA, em que perdeu as duas pernas.
Com a conclusão deste curso, de 10 semanas, foi formalizada a entrada do militar no Quadro Permanente do Exército, após ter sido promovido a cabo-adjunto em 2021. Após o acidente, o Governo decidiu alterar a lei para que fosse possível a entrada nos quadros das Forças Armadas de militares feridos em serviço.
Na cerimónia de encerramento do curso, que decorreu na Escola das Armas do Exército, em Mafra, o general Mendes Ferrão disse que a entrada dos 113 militares no Quadro Permanente procura "assegurar maior estabilidade organizacional e continuidade em funções essenciais".
Por outro lado, com este primeiro curso, que afirmou corresponder à "materialização de um sonho", Mendes Ferrão disse esperar que estes militares possam "usufruir de uma carreira sólida, estável e com oportunidades de progressão, potenciando ainda a atratividade".
Presente na cerimónia, o secretário de Estado Adjunto e da Defesa Nacional, Álvaro Castelo Branco, elencou as recentes medidas do Governo para uma "valorização combinada de salários e suplementos" nas carreiras dos militares.
"Vamos focar-nos na recuperação e reconversão de edifícios que serão destinados à habitação dos nossos militares, a benefício dos próprios e das suas famílias, e queremos investir na Saúde militar", adiantou.
Leia Também: Exército treina militares e civis para vários tipos de ameaça