INEM. Marcelo diz que "questão" tem de ser "resolvida rapidamente"

Presidente da República não quis comentar sobre possível afastamento da ministra da Saúde do cargo.

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Notícias ao Minuto com Lusa
08/11/2024 16:43 ‧ 08/11/2024 por Notícias ao Minuto com Lusa

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O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, em declarações aos jornalistas, defendeu que "é fundamental" que esta questão [atrasos do INEM] "seja resolvida rapidamente", acrescentando que mantém o que já havia dito.

 

O chefe de Estado foi questionado acerca da ministra da saúde, Ana Paula Martins,  alegadamente, ter sido avisada sobre uma possível greve às horas extraordinárias dos técnicos de emergência pré-hospitalar e se teria havido uma desvalorização por parte do ministério acerca do assunto, durante uma visita ao Bazar Diplomático, em Lisboa. 

Salientou que "temos de pensar no ponto de vista dos portugueses e das portuguesas" e, por isso, "que seja rápida a resolução deste problema", realçando que "esse é o desejo de todos nós". 

Marcelo Rebelo de Sousa foi ainda questionado acerca de um possível afastamento da ministra da Saúde do cargo e de como geriu os problemas no INEM, afirmando que não se vai pronunciar sobre o assunto. 

"Neste momento o que digo é que é um ponto fundamental e o ponto fundamental é que rapidamente se encontre uma solução porque importa aos portugueses", destacou.

O Presidente da República ressalvou, uma vez mais, que não vai comentar o assunto, dizendo apenas que se quer "focar no que é essencial" que são as pessoas que estão doentes e que estão "sobretudo numa situação de emergência" e que "esperam respostas de emergência". 

Marcelo Rebelo de Sousa voltou a sublinhar que o que interessa "é encontrar respostas rápidas para os portugueses". 

Confrontado com o facto de no passado ter pedido responsabilidades por casos concretos na área da saúde e interrogado sobre qual é a diferença da situação atual, Marcelo Rebelo de Sousa respondeu: "Neste momento, concentro-me no essencial. Depois, há momentos para tudo. Este não é o momento para estarmos a falar daquilo que não é essencial".

Os jornalistas voltaram a pedir-lhe que comentasse as condições da ministra, mas o chefe de Estado recusou: "Eu não acrescento nada àquilo que já disse e que digo, que é: há que encontrar soluções rápidas. Rápidas, quer dizer, se for possível, amanhã, melhor do que depois da manhã, ou daqui a oito dias, ou daqui a 15 ou 20 dias". 

"A mim o que me interessa como decisor político e como alguém que exerce uma função e um magistério é olhar para o problema e dizer: este problema tem de ser resolvido. É isso que me preocupa, é nisso que estou a concentrar a minha preocupação", afirmou.

Recorde-se que os técnicos de emergência hospitalar estiverem em greve às horas extraordinárias para pedir a revisão da carreira e melhores condições salariais, desde dia 30 de outubro. Ontem, quinta-feira, depois do sindicato se ter reunido com a ministra da Saúde, a greve foi suspensa.

Durante esta tarde soube-se ainda que a Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS) abriu um inquérito aos casos de mortes que foram noticiados por alegados atrasos no atendimento do INEM.

IGAS abre inquérito aos casos de mortes por alegados atrasos do INEM

IGAS abre inquérito aos casos de mortes por alegados atrasos do INEM

A Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS) abriu um inquérito aos casos de mortes noticiados nos últimos dias por alegados atrasos no atendimento do INEM, anunciou hoje a entidade.

Lusa | 15:02 - 08/11/2024

[Notícia atualizada às 17h57]

Leia Também: INEM? Problemas "não se resolvem" com demissão de ministra

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