Mau atendimento motiva 68.5% das reclamações ao INEM. E o resto?

Uma análise feita aos dados do portal da Queixa até esta sexta-feira mostra que o número de reclamações registadas aumentou 43.4% em relação ao período homólogo do ano passado.

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Notícias ao Minuto
08/11/2024 20:00 ‧ 08/11/2024 por Notícias ao Minuto

País

INEM

Esta semana fica marcada pela crise no Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), que tem vindo a ser 'suportada' por denúncias de mortes que, alegadamente, decorreram após atrasos e perturbações na linha de atendimento.

 

O Portal da Queixa realizou uma análise e, segundo dados enviados ao Notícias ao Minuto, "os problemas na Emergência Médica não são de agora".

"Este ano, o número de denúncias registadas na plataforma aumentou 43.4%, face ao ano anterior. As reclamações relatam casos de mau atendimento telefónico, falhas na assistência, recusa de socorro e tempo de espera elevado em situações de urgência", começam por escrever os especialistas.

A análise feita dá conta de que os problemas se têm vindo a agravar ao longo do ano e, à plataforma, chegaram ao longo deste período, não só alertas a dar conta do mau funcionamento da Linha 112, como também acerca do desemprenho do INEM.

O período analisado foi de 1 de janeiro e a 8 de novembro.

E quais os motivos das reclamações?

Segundo a análise enviada ao Notícias ao Minuto, a maioria das queixas (68.5%) reportam ao "mau atendimento telefónico". Estes casos referem-se a casos de atendimento inadequado ou onde houve dificuldade de contactar os serviços de emergência.

"Já as falhas na assistência - queixas sobre insuficiências ou erros no atendimento durante situações de emergência – foram denunciadas em 15.8% das queixas", lê-se na análise.

Também a recusa no atendimento motivou algumas queixas (13.2%). Aqui, os utentes relataram que "o socorro foi negado ou houve impedimento no atendimento".

"O tempo de espera elevado foi invocado em 5.3% das reclamações. Reportam-se a atrasos significativos na chegada da ambulância ou no atendimento urgente", acrescentam os especialistas.

Na comunicação enviada são ainda dados alguns exemplos das queixas. "Hoje, liguei para o 112 para assistir um homem que estava inanimado, com falta de ar, na via pública. O profissional que atendeu a chamada foi arrogante, gritou comigo e desligou-me o telefone na cara. O homem foi socorrido quase 30 minutos depois, poderia ter corrido muito mal", escreveu uma utilizadora do Portal da Queixa, identificada como Rita Marques.

Já uma outra, identificada como Juliana Sousa, adiantou: "No meu local de trabalho, houve um colaborador que se sentiu mal quase ficando inconsciente e então, seguimos o procedimento de ligar para o 112 ao qual não obtivemos qualquer tipo de resposta durante 20/25 minutos. E foram várias pessoas a ligar devido à emergência da situação e ao desespero".

Leia Também: PGR abre 3 novos inquéritos por mortes relacionadas com atrasos no INEM

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