"A ave chegou ao zoo em meados de julho e encontra-se em quarentena, em período de adaptação às instalações, exames médico e realização de análises. Vai ser transferida para junto da nossa fêmea no dia 06 de setembro para assim se comemorar o Dia Internacional do Abutre", afirmou hoje, em declarações à Lusa, Andreia Pinto, do zoo.
Este novo urubu-rei, que tem cerca de um ano e meio, é proveniente do Zoo de Doué La Fontaine, em França, ao abrigo do programa de reprodução em cativeiro da Associação Europeia de Zoos e Aquários (EAZA), e vai juntar-se à fêmea da mesma espécie que está sozinha no zoo há cerca de um ano.
Com a introdução da ave no parque, o Zoo de Lourosa pretende falar aos visitantes sobre os abutres e as ameaças que enfrentam atualmente.
A colisão contra linhas de alta tensão, a falta de alimento, a perda de habitat e o envenenamento são algumas das ameaças desta espécie, que "é extremamente importante nos ecossistemas", destacou Andreia Pinto.
Segundo a responsável, o objetivo é sensibilizar a população para a importância deste grupo de aves, desmistificar o facto de se alimentarem de cadáveres de animais.
"Ao alimentarem-se de carne em putrefação estão a limpar os locais que habitam", eliminando assim perigos de infeção, vincou, acrescentando que, das 23 espécies de abutres existentes no planeta, 11 estão em perigo.
Com este exemplar urubu-rei, o zoo pretende contribuir para a criação de uma população de cativeiro autossustentável desta espécie.
Em Portugal, o Zoo de Lourosa é o único parque que possui esta espécie proveniente da América do Sul.
O zoo de Lourosa, que abriu as portas ao público em outubro de 1990 e é gerido por uma empresa municipal, tem atualmente cerca de 500 aves de 150 espécies.