O representante da República na Madeira, Irineu Barreto, revelou que vai receber todos os partidos na quinta-feira, a partir das 9h30.
"Vou receber os partidos, a decisão da assembleia será publicada amanhã. Na quinta-feira, a partir das 9h30, começo a receber os partidos, por ordem decrescente de importância. Começo no PSD e termino no PAN", revelou Irineu Barreto aos jornalistas no Palácio de São Lourenço, no Funchal, depois de receber várias entidades para apresentação de cumprimentos de boas festas.
No entanto, Irineu Barreto não espera milagres e acredita que "o mais natural é que digam que todos querem eleições". Se assim for, pedirá uma audiência ao Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.
"Para comunicar que não há hipótese de haver um Governo no quadro desta legislatura", explicou o representante da República na Madeira.
Irineu Barreto mostrou-se preocupado com a instabilidade política que se vive na região.
"Lamento que não se consiga encontrar uma solução governativa que dê estabilidade. Se houver eleições, confesso que não sei se vamos ter estabilidade e isso é que me preocupa. É saudável até que haja, de vez em quando, atos desta natureza. O meu receio é o que vem a seguir", acrescentou.
O XV Governo Regional, do PSD, foi derrubado com a aprovação da moção de censura apresentada pelo Chega, e que contou com os votos a favor do PS, JPP, Chega, IL e PAN, num total de 26 votos. PSD (19 deputados) e CDS-PP (dois deputados) votaram contra.
Esta é a primeira vez que um Executivo Regional do PSD, partido que governa a Madeira há quase 50 anos, é derrubado por uma moção de censura.
Miguel Albuquerque opinou que, "independentemente do relambório político" contra o seu governo, os madeirenses sabem "que nada se alterou desde as eleições de maio deste ano, e que a única coisa que ficou pendente deste então é que o PS e a JPP querem governar a Madeira".
No seu entender, os madeirenses também sabem "que esta situação grotesca da Madeira ficar sem Orçamento e sem Governo, irá prejudicar toda a comunidade e que a paralisia que se avizinha irá prejudicá-los, bem como as respetivas famílias e empresas".
[Notícia atualizada às 16h28]
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