A Polícia Judiciária (PJ), em conjunto com a Autoridade Tributária e Aduaneira (AT), deteve, esta terça-feira, três homens e uma mulher, com idades compreendidas entre os 29 e 68 anos, no âmbito da Operação Métis, contra a associação criminosa e fraude fiscal.
A investigação começou em 2015, decorreu nos distritos de Lisboa, Faro e Braga e culminou com estas quatro detenções, envolvidos numa fraude fiscal qualificada que "ascende a, pelo menos, 4,6 milhões de euros".
Segundo o comunicado da PJ, os suspeitos terão criado diversas empresas fictícias que usavam "num esquema de emissão e utilização de faturação falsa" para obter "vantagem patrimonial".
A operação envolveu a execução de 20 mandados de busca – 13 domiciliárias e sete não domiciliárias.
Além dos quatro detidos, outras "oito pessoas singulares e três pessoas coletivas" foram constituídas arguidas e foram apreendidas três viaturas de luxo, "que se suspeita terem sido adquiridas com o produto do crime", bem como dinheiro e criptoativo.
Agora, as autoridades continuarão a investigar, com base nos bens apreendidos, "tendo em vista o apuramento da responsabilidade criminal de todos os suspeitos e das vantagens patrimoniais ilicitamente obtidas".
Na Operação Métis estiveram envolvidos 80 inspetores da PJ, seis peritos da Unidade de Perícia Tecnológica e Informática da PJ, 30 inspetores tributários e aduaneiros e dez elementos do Núcleo de Informática Forense da AT.
Os detidos serão presentes a primeiro interrogatório judicial para conhecerem as medidas de coação.
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