O ex-presidente do Governo Regional da Madeira, Alberto João Jardim, admitiu que não espera "nada de novo" caso se confirme o cenário de novas eleições na Madeira e acredita que o atual presidente, Miguel Albuquerque, pode mesmo até conseguir "um resultado melhor" após novo escrutínio nas urnas.
"Tudo corre a favor de Miguel Albuquerque. Desde a vitimização a que os órgãos da República o expuseram. Não me admiraria que conseguisse até um resultado melhor e continuava toda esta trapalhada da Madeira andar para trás. Isto é uma coisa absolutamente louca", afirmou Alberto João Jardim.
O social-democrata culpou também a República por estar "na base desta crise" na Madeira ao ter levantado "suspeição na opinião pública" sobre políticos, empresários e instituições da região autónoma.
"Rebenta-se com a autonomia, com o PSD e põe-se toda a gente na Madeira sob suspeição. A culpa da crise é claramente de um Estado que não foi capaz de exercer a sua missão como deve ser", sublinhou o ex-presidente do Governo Regional da Madeira.
Gouveia e Melo na Presidência? "Não tenho preconceito nenhum contra os militares"
Questionado sobre a tão falada possibilidade de o almirante Henrique Gouveia e Melo se candidatar à Presidência da República, Alberto João Jardim disse não ter "preconceito nenhum contra os militares".
"Ramalho Eanes foi um grande Presidente da República. Estas intervenções que tenho visto nos últimos dias dão-me imenso gozo. O nervoso que vai aí em Lisboa dá-me imensa vontade de rir porque me dá a impressão que o almirante está a mexer em alguma coisa", admitiu.
Já sobre Marques Mendes, de quem é "muito amigo", referiu apenas que "não gostaria de vê-lo perder umas eleições".
[Notícia atualizada às 19h40]
Leia Também: Censura derruba governo madeirense e leva a novas eleições em ano e meio
