"O ano não foi fácil", afirmou o Representante da República, Irineu Barreto, considerando "exemplar" a forma como José Manuel Rodrigues presidiu a Assembleia Legislativa ao longo do mandato que agora termina devido à queda do governo regional.
No discurso na audiência de apresentação de cumprimentos de Boas Festas, no Palácio de São Lourenço, no Funchal, Irineu Barreto agradeceu, "como madeirense", o trabalho do presidente da Assembleia Legislativa da Madeira, sublinhando o "excelente relacionamento pessoal e institucional" entre os dois órgãos.
"É preciso que as nossas duas instituições, a Assembleia Legislativa e a Representação da República, tenham uma relação amigável. Só assim podemos realizar a nossa função, para bem da Região e para bem dos madeirenses e porto-santenses", acrescentou.
Citado num comunicado, o presidente da Assembleia Legislativa da Madeira salientou, por seu lado, a "excelente cooperação" do Representante da República com o parlamento madeirense e expressou os votos de que em 2025, ano que espera difícil, "haja estabilidade e responsabilidade na Região Autónoma da Madeira".
Na terça-feira, a Assembleia Legislativa da Madeira aprovou, por maioria, a moção de censura apresentada pelo Chega ao Governo Regional minoritário do PSD, liderado por Miguel Albuquerque, o que implica a queda do executivo.
O documento recebeu os votos a favor de toda a oposição - PS, JPP, Chega, IL e PAN, que juntos reúnem 26 eleitos, ultrapassando assim os 24 necessários à maioria absoluta -, enquanto o PSD e o CDS-PP (que tem um acordo parlamentar com os sociais-democratas) votaram contra.
A aprovação da moção de censura, uma situação inédita no arquipélago, implica, segundo o Estatuto Político-Administrativo da Madeira, a demissão do Governo Regional e a sua permanência em funções até à posse de uma nova equipa.
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