"O que temos agora é apenas uma pequena parte", de um projeto mais amplo, explicou Ana Paula Martins durante uma visita às instalações da Linha SNS24, em Lisboa, e onde se encontram os profissionais que prestam atendimento por teleconsulta através deste serviço.
Este novo serviço de teleconsulta destina-se a utentes que disponham de equipamento com câmara, microfone e ligação à internet.
Segundo a ministra, é mais um serviço que pode ser prestado a utentes que se encontrem em "situação aguda", menos grave.
Nem todas as situações têm indicação para teleconsulta, afirmou Ana Paula Martins, referindo que é mais uma resposta a utentes sem médico de família.
A ministra sublinhou que nesta altura do ano aumenta a pressão sobre as urgências e os cuidados de saúde primários, devido às infeções respiratórias.
"Esta é a altura certa para lançarmos este serviço", defendeu.
Ana Paula Martins referiu ainda que nos últimos dois dias 1.124 mulheres ligaram para a linha do SNS 24 na valência de obstetrícia.
"São mais 280 chamadas do que nos mesmos dias da semana anterior. As pessoas estão a responder ao nosso apelo", garantiu, acrescentando que cerca de 70% das situações estão a ser encaminhadas para a urgência.
A ministra sublinhou que o encaminhamento através do SNS24 tem prioridade sobre os outros casos que não cheguem por esta via.
Sobre o serviço hoje lançado, o responsável pela Linha SNS 24, João Oliveira, indicou tratar-se de um atendimento prestado por médicos de medicina geral e familiar, durante 24 horas.
"Depois da triagem, a consulta é agendada e o doente depois recebe, por SMS, todas as instruções" para aceder ao contacto com o médico, explicou.
Questionado sobre a dificuldade de grande parte da população em aceder a consultas com meios tecnológicos, o responsável pela linha defendeu que há cada vez mais pessoas a aderir a este serviço.
"A aplicação do SNS 24 está a atingir recordes de 11 milhões de download (...) esta linha já atendeu mais de três milhões de utentes só este ano", disse.
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