"Só de infraestruturas e equipamentos municipais estamos a falar de prejuízos na ordem dos 4 ME. Depois, outro tanto, para os prejuízos até aos aeis mil euros, que é abrangido pelo apoio simplificado, ou seja, só aí foram 8 ME de prejuízo", contabilizou Paulo Almeida.
O autarca disse à agência Lusa que, "correndo tudo bem, a tutela vai apoiar em 85% na recuperação" desses equipamentos e infraestruturas municipais, o que se traduz num "desafio muito grande" para 2025.
"Os incêndios de setembro foram uma calamidade muito grande e vai ser muito difícil repor tudo aquilo que foi" destruído pelas chamas entre 15 e 20 de setembro último.
Entre os prejuízos do município de Castro Daire estão, entre outros, "equipamentos desportivos, recreativos e de lazer, infraestruturas de abastecimento de água e de saneamento básico e também vias de comunicação e arruamentos".
O Município de Castro Daire, no distrito de Viseu, "está a prestar um apoio extraordinário no apoio às candidaturas do simplificado" e "já há mais de mil candidaturas" para os apoios até os seis mil euros, indicou o autarca.
"Estes 8 ME são só nestas duas vertentes, depois há os outros prejuízos que não se encaixam nos equipamentos municipais, nem nos apoios até aos seis mil euros, e cujas candidaturas terminam no final do ano, e onde se enquadram os aviários e outros empresários", acrescentou Paulo Almeida.
Nove pessoas morreram e mais de 170 ficaram feridas em consequência dos incêndios que atingiram em setembro sobretudo as regiões Norte e Centro de Portugal.
Os incêndios florestais consumiram, entre os dias 15 e 20 de setembro, cerca de 135.000 hectares, totalizando este ano a área ardida em Portugal quase 147.000 hectares.
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