O diretor executivo do Serviço Nacional de Saúde (SNS), António Gandra d'Almeida alertou que após as festividades é "habitual" que haja "um pico de gripes e infeções respiratórias". No entanto, afirmou que, "historicamente, os invernos são sempre maus" e que o SNS começou a "preparar o inverno" em "junho/julho".
Numa entrevista à CNN Portugal, o diretor executivo do SNS salientou: "Nós sabemos exatamente isso, que o inverno é muito mau. Nós fazemos esforços e temos feito, juntamente com os Conselhos de Administração, [para] que o inverno seja menos mau ou seja controlado", acrescentando que a probabilidade "como sempre" é que o "inverno seja um período mau".
Gandra d'Almeida disse ainda que após as festividades é "muito habitual, como já aconteceu nos anos anteriores, que haja um pico muito grande das gripes, das infeções respiratórias que vá sobrelotar os serviços de urgência", adiantando que o plano para o inverno foi delineado "há vários meses".
"Retirando camas ou doentes que não devem estar no serviço de urgência, com alta clínica, que tenha outro suporte, nomeadamente o suporte social", explicou, ressalvando que "havia uma limitação das camas, macas dos serviços de urgência" que o SNS reforçou e ainda "uma tentativa de completar as escalas com tempo" - e ter, pelo menos, por cada região, "uma resposta a todas as especialidades que são devidas" para que seja dada "a melhor resposta possível à população portuguesa, em caso de necessidade".
O diretor executivo do SNS disse ainda que reforçaram o "projeto do Liga Antes Salva Vidas [...], para que os cidadãos que necessitam vão para os sítios adequados", frisando que emergências são para o 112, mas para "todas as outras devem ligar" para a linha - e as pessoas serão encaminhadas "para os sítios devidos".
"Já conseguimos que 35 mil pessoas ficassem em autocuidados" depois de terem ligado para o SNS24, frisou, pedindo que se evitem as urgências em casos que não são necessários.
Gandra d'Almeida relembrou ainda que os serviços de urgência "quando têm muita gente" são também "focos de contágio", pedindo assim para que as pessoas liguem e vão para os sítios que lhes são indicados.
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