Hélder Rosalino mostrou-se "indisponível" para assumi o cargo de secretário-geral do Governo, depois de ter sido nomeado pelo primeiro-ministro, Luís Montenegro.
A notícia, avançada primeiramente pelo Observador e depois confirmada pelo Notícias ao Minuto, surge numa altura em choviam críticas sobre a nomeação do antigo administrador do Banco de Portugal devido ao salário que iria receber, que rondava os 15 mil euros.
"O Dr. Hélder Rosalino informou hoje o Governo da sua indisponibilidade para assumir o cargo de Secretário-Geral do Governo e iniciar funções a partir de 1 de janeiro de 2025", lê-se em comunicado enviado posteriormente às redações.
Perante as críticas, deixadas em força esta segunda-feira por parte dos partidos - que exigiam explicações e que Montenegro voltasse atrás -, o Executivo anuncia também que irá designar "uma outra personalidade" para o cargo, que iria entrar em vigor já a 1 de janeiro.
Na mesma nota, o Governo fala ainda sobre a situação que motivou as críticas, o salário, justificando: "A solução encontrada permitia que Dr. Hélder Rosalino mantivesse o vencimento auferido há vários anos no Banco de Portugal, o qual foi por este definido. E permitiria ao Estado português, no seu conjunto, a poupança de um segundo salário, correspondente à tabela legal para o Secretário-Geral do Governo. A recusa do Banco de Portugal de continuar a pagar o salário de origem não impedia a poupança de recursos públicos, mas criou uma complexidade indesejável".
"Assim, o Governo irá proximamente designar uma outra personalidade como Secretário-Geral, e o Banco de Portugal continuará a suportar o vencimento atual do Dr. Hélder Rosalino", remata ainda o comunicado.
[Notícia atualizada às 21h52]
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