Após polémica, Hélder Rosalino desiste de ser secretário-geral do Governo

Partidos da Oposição criticaram o salário - de cerca de 15 mil euros - que o novo secretário-geral do Governo, Hélder Rosalino, iria receber. Foram deixados apelos e pedidos de esclarecimento ao Governo e, entretanto, o antigo administrador do Banco de Portugal, mostrou-se "indisponível" para fazer parte do Executivo - depois de nomeado pelo primeiro-ministro.

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© Carlos Pimentel/Global Imagens

Notícias ao Minuto
30/12/2024 19:56 ‧ há 2 dias por Notícias ao Minuto

País

Hélder Rosalino

Hélder Rosalino mostrou-se "indisponível" para assumi o cargo de secretário-geral do Governo, depois de ter sido nomeado pelo primeiro-ministro, Luís Montenegro.

 

A notícia, avançada primeiramente pelo Observador e depois confirmada pelo Notícias ao Minuto, surge numa altura em choviam críticas sobre a nomeação do antigo administrador do Banco de Portugal devido ao salário que iria receber, que rondava os 15 mil euros.

"O Dr. Hélder Rosalino informou hoje o Governo da sua indisponibilidade para assumir o cargo de Secretário-Geral do Governo e iniciar funções a partir de 1 de janeiro de 2025", lê-se em comunicado enviado posteriormente às redações.

Perante as críticas, deixadas em força esta segunda-feira por parte dos partidos - que exigiam explicações e que Montenegro voltasse atrás -, o Executivo anuncia também que irá designar "uma outra personalidade" para o cargo, que iria entrar em vigor já a 1 de janeiro.

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O Executivo nomeou Hélder Rosalino, ex-administrador do Banco de Portugal, como secretário-geral do Governo, que inicia funções já em janeiro de 2025.

Notícias ao Minuto | 19:44 - 30/12/2024

Na mesma nota, o Governo fala ainda sobre a situação que motivou as críticas, o salário, justificando: "A solução encontrada permitia que Dr. Hélder Rosalino mantivesse o vencimento auferido há vários anos no Banco de Portugal, o qual foi por este definido. E permitiria ao Estado português, no seu conjunto, a poupança de um segundo salário, correspondente à tabela legal para o Secretário-Geral do Governo. A recusa do Banco de Portugal de continuar a pagar o salário de origem não impedia a poupança de recursos públicos, mas criou uma complexidade indesejável".

"Assim, o Governo irá proximamente designar uma outra personalidade como Secretário-Geral, e o Banco de Portugal continuará a suportar o vencimento atual do Dr. Hélder Rosalino", remata ainda o comunicado.

[Notícia atualizada às 21h52]

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