Em declarações à agência Lusa, Sílvia Pinto, eleita pela CDU, indicou que ambos os projetos estão contemplados nas Grandes Opções do Plano e orçamento para este ano, já aprovados pela câmara e pela assembleia municipal.
"A criação do Laboratório de Arte Têxtil Contemporânea envolve um investimento total de 680.187,50 euros", enquanto "o desenvolvimento da 1.ª fase do projeto Palácio dos Condes de Vimieiro - Casa Cultural custará 621.699,29 euros", adiantou.
O Laboratório de Arte Têxtil Contemporânea vai nascer num edifício denominado Casa Queiroga, nesta vila, de onde são originários os genuínos tapetes de Arraiolos, para "unir o passado e o futuro".
Já o espaço dedicado à música filarmónica será instalado num palácio situado na vila do Vimieiro, que foi adquirido pelo município.
Segundo a autarca alentejana, em ambos os projetos, os quais contam com financiamento do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER), acresce o valor referente ao Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA).
A reabilitação de arruamentos e infraestruturas de água e saneamento, a aquisição de terrenos para loteamentos habitacionais e empresariais e a criação de uma infraestrutura de acolhimento empresarial são outros dos projetos previstos.
Já com 'luz verde' do executivo e da assembleia municipal, o orçamento da Câmara de Arraiolos para 2025 ascende a 17,3 milhões de euros, o que significa que o valor subiu dois milhões em relação ao do ano anterior, que tinha sido de 15,3 milhões.
"A diferença prende-se com o aumento da verba a transferir do Orçamento do Estado de 2025" para a câmara, justificou a presidente do município.
Assinalando que este orçamento "continua a ser realista e exigente", a autarca frisou que assenta no objetivo de "dotar o concelho de todas as condições económicas, sociais e de bem-estar e garantir a prestação de um serviço público de excelência".
Sílvia Pinto precisou que, este ano, a câmara municipal prevê uma verba de 5.369.051 euros para investimentos e 11.704.353 euros para despesas correntes.
Quanto às taxas e aos impostos municipais, a presidente da autarquia realçou que foram mantidos os valores referentes ao Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI), à Derrama e à participação de Imposto sobre o Rendimento Singular (IRS).
"A câmara alargou o período de isenção de IMI para cinco anos, relativamente a prédios ou partes de prédio habitacionais que sejam construídos, ampliados, melhorados ou adquiridos a título oneroso, destinados a habitação própria e permanente, cujo valor patrimonial tributário não exceda os 125 mil euros e desde que o rendimento bruto anual do proprietário ou do seu agregado familiar não ultrapasse os 153 mil euros", acrescentou.
O orçamento municipal para este ano foi aprovado na câmara com quatro votos a favor dos eleitos da CDU e um contra do PS, enquanto na assembleia municipal foram registados 13 votos a favor da coligação liderada pelo PCP e sete contra (seis do PS e um do PSD).
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