"Se explicação não for aceitável há dois caminhos: Suspensão ou renúncia"

O líder do Chega e o deputado Miguel Arruda estão reunidos depois de este último ter sido acusado de furto. André Ventura ouve as explicações do parlamentar, garantindo que os políticos têm os mesmos direitos que as outras pessoas, mas mais deveres, incluindo o "de explicação".

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© PATRICIA DE MELO MOREIRA/AFP via Getty Images

Notícias ao Minuto
23/01/2025 18:02 ‧ há 3 horas por Notícias ao Minuto

Política

Chega!

O líder do Chega, André Ventura, prestou declarações aos jornalistas à entrada da reunião com Miguel Arruda, suspeito de ter furtado malas dos tapetes de bagagens das chegadas dos aeroportos de Lisboa e de Ponta Delgada.

 

"No Chega há regras que não há noutros partidos. No Chega há uma clareza que eu fiz questão de deixar vincada: um político tem os mesmos direitos que os outros têm, mas tem mais dever do que os outros. Esses deveres são os deveres de explicação", afirmou, na Assembleia da República.

André Ventura apontou que já transmitiu ao deputado, que vai passar a deputado não inscrito, que o partido que lidera não iria tolerar meios caminhos. "Se as explicações não forem aceitáveis, há um de dois caminhos: a suspensão ou a renúncia ao seu mandato", atirou.

Sublinhando que era preciso respeitar os eleitores, Ventura afirmou que é preciso ser exigente. "No Chega não há a possibilidade de ficar escondido a ver se o tempo passa, como acontece com os outros partidos", acusou.

Questionado sobre se se sentia confortável com a possibilidade de Miguel Arruda ficar como deputado não inscrito, Ventura disse que essa não era a questão e atirou: "Em Portugal, o mandato é pessoal. Discordo disso, mas é uma questão que a lei tem e que permite que isso seja feito. A partir daí já não é connosco".

Confrontando sobre se iria tentar demover Miguel Arruda de ficar com o seu lugar no Parlamento, ainda que como deputado não inscrito, Ventura considerou que a permanência é errada. "Os mandatos, não obstante ao que diz a lei, foram integrados e eleitos por um partido. Ninguém está aqui por sua própria capacidade e grandeza. As pessoas estão aqui por força de um partido que as elegeu. É o respeito por esse partido que deverá levar as pessoas a tomar as decisões que também fazem sentido", afirmou.

O líder do Chega referiu que "há elementos que são perturbadores" neste caso e, por isso, é preciso exigir clarificação.

Miguel Arruda, deputado do Chega eleito pelo círculo dos Açores, foi alvo de buscas na terça-feira pela prática de crimes de furto qualificado e contra a propriedade. Segundo a Polícia de Segurança Pública (PSP), é suspeito de ter furtado malas dos tapetes de bagagens das chegadas dos aeroportos de Lisboa e de Ponta Delgada, tendo sido entretanto constituído arguido. 

André Ventura, após a denúncia do caso, afirmou que recebeu com "enorme estupefação" a notícia que dava conta de que o deputado era suspeito de furto qualificado, e afirmou que se a explicação de Miguel Arruda "não for satisfatória o suficiente", o seu mandato "não tem condições de continuar a ser exercido".

Leia Também: Deputado do Chega e despedimentos no BE causam burburinho no plenário

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