A informação foi avançada em comunicado pelo Ministério da Saúde, que adianta que o documento, entregue um dia antes do prazo estabelecido, apresenta recomendações estratégicas para o desenvolvimento das ULSU.
Presidida por Adalberto Campos Fernandes, ex-ministro da Saúde, a Comissão Técnica Independente (CTI) foi criada por um despacho de setembro de 2024 com o objetivo de estudar as Unidades Locais de Saúde com formação universitária e a sua relação com o ensino da medicina, a formação e a investigação.
O despacho encarregou a CTI de, entre outros objetivos, avaliar o modelo atual de funcionamento das ULSU, identificando os desafios estratégicos e o potencial de desenvolvimento, num contexto articulação com os centros académicos clínicos.
"O relatório final apresenta recomendações estratégicas para o desenvolvimento das ULSU e será agora analisado pelo Governo, nomeadamente pela ministra da Saúde, Ana Paula Martins, e pelo ministro da Educação, Ciência e Inovação, Fernando Alexandre", avançou o comunicado.
De acordo com o despacho, o Governo "assumiu a firme intenção de reponderar" a configuração, os modelos de organização e de gestão e a estratégia de inserção na rede do Serviço Nacional de Saúdes das ULS que integram hospitais universitários e centros de investigação e, em particular, no que se refere aos centros académicos clínicos.
"A implementação, evolução e o amadurecimento deste novo modelo organizativo tem de reconsiderar a arquitetura e o posicionamento estratégico das unidades mais complexas e das que integram hospitais universitários, na sua tripla vertente assistencial, de ensino e investigação", adianta ainda o documento.
A comissão integrou 18 especialistas de diversas áreas, incluindo ensino médico, gestão de saúde, investigação científica e formação profissional, representando todas as escolas médicas e hospitais universitários do país.
A partir de janeiro de 2024, o SNS passou dispor de 39 Unidades Locais de Saúde, entidades que gerem os hospitais e os centros de saúde por área geográfica.
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