A ministra da Saúde, Ana Paula Martins, revelou esta quinta-feira que já há data para a ida ao Parlamento, para explicar a situação das urgências, mas disse que, "por acaso", ainda não sabe quando será.
Ainda assim, garante que estará na Assembleia da República "as horas que foram precisas" para clarificar tudo o que for perguntado.
"Todos os temas são importantes. Se os grupos parlamentares querem que o Governo clarifique seja que tema for, nós lá estaremos, preparados para responder a todas as questões que forem colocadas", afirmou Ana Paula Martins, aos jornalistas, durante uma visita ao Hospital de Portalegre.
Antes, Ana Paula Martins esclareceu que o ministério quer uma "reorganização" da urgência.
"O que queremos é que as crianças sejam, efetivamente, em situação de doença aguda, vistas onde devem ser vistas, em urgências especializadas. Os que têm doença aguda, mas que não têm a mesma gravidade, devem ser encaminhados para os centros de atendimento clínico pediátrico. Este modelo exige, tal como acontece no caso da obstetrícia, que as equipas sejam multidisciplinares", acrescentou a ministra da Saúde.
A ministra da Saúde vai ser ouvida no Parlamento, a pedido da oposição, sobre a situação das urgências do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e a transferência para as Misericórdias de responsabilidades na gestão hospitalar.
As audições de Ana Paula Martins foram aprovadas no início de janeiro pelos deputados na Comissão de Saúde, na sequência de requerimentos apresentados pelas bancadas parlamentares do BE, do Chega e do PS.
Ana Paula Martins vai ainda explicar aos deputados, a pedido dos socialistas, as recentes demissões das administrações das Unidades Locais de Saúde (ULS) de Santarém, Portalegre e Leiria, sem "qualquer motivo específico ou razão de ordem técnica".
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