O homem de 53 anos que, na noite de quinta-feira, matou um outro de 38 anos, na sequência de uma discussão alegadamente devido a um cigarro, num café, em Salvada, no concelho de Beja, refugiou-se em casa após o crime, onde o reportou mediante uma “chamada telefónica para o número de emergência”.
“O suspeito viria a abandonar o local do crime, vindo depois a realizar, a partir da sua habitação, local onde se refugiou, chamada telefónica para o número de emergência, reportando o sucedido e manifestando intenção de se entregar às autoridades, o que veio a ocorrer perante a Guarda Nacional Republicana”, detalhou a Polícia Judiciária (PJ), num comunicado enviado esta sexta-feira às redações.
A força policial deu ainda conta de que o crime ocorreu “no interior de um estabelecimento de cafeteria, na presença de várias pessoas, maioritariamente clientes, de entre os quais um menor”.
A PJ recolheu, entretanto, “relevantes elementos probatórios que conduziram à identificação de testemunhas, assim como a apreensão da arma do crime”.
O homem será presente às autoridades judiciárias para primeiro interrogatório judicial e determinação das medidas de coação.
Recorde-se que o alegado homicida estava a fumar no interior do café e foi repreendido pela vítima, o que terá levado o agressor a efetuar dois disparos que atingiram o corpo do outro homem, contou fonte policial à Lusa.
De acordo com a fonte policial, o presumível autor do homicídio efetuou mais "dois ou três disparos" no interior do café, quando outras pessoas presentes tentaram interferir, mas não atingiu mais ninguém.
"A arma acabou por cair ao chão", relatou, referindo que o suspeito abandonou o café e foi para casa, de onde terá telefonado para a GNR a confessar o crime.
O detido tem antecedentes por tráfico de droga.
Uma fonte do Comando Sub-Regional de Emergência e Proteção Civil do Baixo Alentejo indicou que o alerta para o homicídio, no Largo 1.º de Maio, foi dado às 21h13 de quinta-feira.
As operações de socorro mobilizaram 17 operacionais dos Bombeiros de Beja, do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) e da GNR, apoiados por oito veículos, incluindo uma viatura médica de emergência e reanimação (VMER).
O inquérito é dirigido pelo Ministério Público, Departamento de Investigação e Ação Penal de Beja.
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