O INOVACEL é um projeto "com um foco claro na inovação e sustentabilidade", que visa colocar o Algarve "no mapa da produção de proteínas animais alternativas" e "desenvolver novos produtos e processos sustentáveis, inovadores e economicamente rentáveis para o setor da aquacultura celular, através de abordagem circular com recurso ao uso de microalgas", adiantaram os promotores num comunicado.
Entre os principais objetivos da iniciativa estão a criação de "linhas celulares derivadas de organismos marinhos para a produção de proteína, proporcionando alternativas viáveis à produção de proteína animal tradicional", ou a substituição do soro animal por soro de microalgas, que é "uma solução sustentável, ética e economicamente mais interessante", indicaram.
O projeto procura também "tratar efluentes da produção de proteína animal através de biorremediação com microalgas, permitindo a reciclagem eficiente de nutrientes e a sua reintegração no ciclo produtivo", permitindo "reduzir drasticamente o impacto ambiental da produção de proteína cultivada" e "aumentar a eficiência e a rentabilidade económica dos setores da Aquacultura Celular e da Biotecnologia de Microalgas".
Denominado "INOVACEL - Sustentabilidade e Inovação na Aquacultura Celular: Uma Abordagem Circular com Microalgas", o projeto procura, assim, "explorar novas abordagens para a produção sustentável de proteína e contribuir, de forma decisiva, para o desenvolvimento da economia azul e circular", de acordo com os promotores.
O arranque do projeto foi assinalado na semana passada, numa cerimónia que contou com representantes da empresa promotora, a Necton S.A., e os parceiros S2AQUAcoLAB, GreenCoLab e CCMAR.
"A investigação, que será conduzida ao longo destes três anos, pretende posicionar o Algarve na linha da frente da ciência aplicada à aquacultura celular, com o objetivo ambicioso de criar um 'hub' de referência nesta área na região. Esta iniciativa pretende consolidar a posição da região como um polo de excelência na investigação e inovação sustentável, alavancando novas oportunidades económicas e científicas", lê-se na nota.
O projeto é apoiado pelo programa de financiamento Algarve 2030, pelo Portugal 2030 e pela União Europeia e conta com um orçamento de 1,3 milhões de euros.
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