Greve de asisstentes operacionais encerra escolas em todo o país

Escolas encerradas em todo o país ou a funcionar com menos pessoal é o balanço feito hoje de manhã pela Frente Comum à greve dos assistentes operacionais, que exige melhores salários e a valorização da carreira.

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© Gerardo Santos / Global Imagens

Lusa
28/02/2025 11:28 ‧ há 4 horas por Lusa

País

Frente Comum

difícil encontrar hoje uma escola onde não haja um trabalhador em greve. Há escolas encerradas em todo o país assim como não estão a funcionar muitos outros serviços onde os assistentes operacionais são fundamentais", disse Sebastião Santana, coordenador da Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores da Funções Públicas e Sociais (Frente Comum).

 

Depois da paralisação dos Técnicos Superiores na quarta-feira, seguiu-se a dos Assistentes Técnicos na quinta e hoje são os Assistentes Operacionais, uma carreira que abrange múltiplos trabalhos desde ser auxiliar de ação educativa, a canalizador ou eletricista.

"Este é o culminar de uma greve de três dias das três carreiras gerais de Administração Pública com mais trabalhadores", salientou Sebastião Santana, durante a conferência de imprensa que se realizou em frente à Cantina Universitária, em Lisboa, que hoje não abriu as portas devido à greve.

Os trabalhadores exigem aumentos salariais que contrariem a continua diminuição do poder de compra: "Os técnicos superiores perderam 216 euros entre 2010 e hoje, os assistentes técnicos perderam 96 euros e os assistentes operacionais estão numa situação em que o último aumento colocou os seus salários oito euros acima do salário mínimo nacional e passaram a pagar IRS".

Também presente na concentração da Frente Comum, Paulo Raimundo, do PCP, lembrou que estes trabalhadores têm sido "gente profundamente desvalorizada e desrespeitada": Garantem o funcionamento dos serviços da Função Pública em troca de salários muito baixos.

A desvalorização das carreiras vê-se também na possibilidade de um dia um assistente operacional poder estar a trabalhar numa escola, "a cuidar das nossas crianças e, no dia seguinte, estar no canil ou no cemitério", criticou Sebastião Santana.

"O país precisa que estas pessoas sejam valorizadas, porque são elas que tratam dos doentes, das crianças, que recolhem o lixo", disse Paulo Raimundo, criticando o atual primeiro-ministro e recordando palavras que disse há 11 anos: "Em 2014, Montenegro disse que a vida das pessoas está pior mas o país está melhor e hoje é a mesma coisa, só não sei como é que o Governo concebe que um país possa estar melhor quando as pessoas estão piores".

Leia Também: Greve dos assistentes operacionais fechou "40% a 60%" das escolas a Norte

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