Operação Pretoriano: Julgamento aberto ao público com segurança reforçada

O coletivo de juízes decidiu hoje que a Operação Pretoriano vai ser aberta ao público e que as testemunhas que não queiram depor perante os arguidos o devem solicitar, sendo esses pedidos analisadas "caso a caso".

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Lusa
17/03/2025 10:49 ‧ há 7 horas por Lusa

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Madureira

A presidente do coletivo de juízes, Ana Dias Costa, deu conta disso mesmo no início da sessão no Tribunal de São João Novo, no Porto, num julgamento que principiou sob fortes medidas de segurança, apesar da tranquilidade reinante na zona, com acesso de tráfego condicionado.

 

Numa curta nota introdutória, foi explicado aos presentes que "não existem circunstâncias para restringir a livre assistência do público", enquanto no que toca às testemunhas, as que pretendam falar sem ser na presença dos arguidos deverão expor a situação que posteriormente "será apreciada pelo tribunal".

Fortes medidas de segurança marcam o início do julgamento da Operação Pretoriano, na qual o antigo líder dos Super Dragões Fernando Madureira é o principal arguido, entre os 12 que vão a julgamento.

Com início da primeira sessão marcada para as 09:30, o primeiro contingente da PSP chegou pelas 08:15, nomeadamente três viaturas, sendo que nos 20 minutos seguintes chegaram mais três carrinhas, da unidade especial da polícia.

Cerca de 20 agentes patrulhavam a zona que por volta das 08:40 ficou vedada ao trânsito, tendo sido instaladas vaias para limitar o acesso ao largo de São João Novo.

Eram 09:11 quando Fernando Madureira chegou ao tribunal, escoltado por três viaturas da guarda prisional, que entrou na rua do tribunal em sentido contrário.

Na mesma altura, Hugo Carneiro, outro dos arguidos subia a rua, manifestando-se "tranquilo" e convicto de que "a verdade virá à tona".

Sandra Madureira, esposa do ex-líder dos Super Dragões, chegou ao tribunal pelas 09:40.

No tribunal, Fernando Madureira, ladeado por quatro guardas, está à parte dos restantes arguidos.

Em julgamento está uma alegada tentativa de os Super Dragões "criarem um clima de intimidação e medo" numa Assembleia Geral do FC Porto, em 13 de novembro de 2023, para que fosse aprovada uma revisão estatutária "do interesse da direção" do clube, então liderada por Pinto da Costa, que morreu no dia 15 de fevereiro.

Após a fase instrutória, o tribunal decidiu levar a julgamento todos os arguidos nos exatos termos da acusação deduzida pelo Ministério Público (MP), alegando que a prova documental, testemunhal e pericial é forte.

Em causa estão 19 crimes de coação e ameaça agravada, sete de ofensa à integridade física no âmbito de espetáculo desportivo, um de instigação pública a um crime, outro de arremesso de objetos ou produtos líquidos e ainda três de atentado à liberdade de informação.

Entre a dúzia de arguidos, Fernando Madureira é o único em prisão preventiva, a medida de coação mais forte, enquanto os restantes foram sendo libertados em diferentes fases, incluindo Sandra Madureira, Fernando Saul, Vítor Catão ou Hugo Carneiro, igualmente com ligações à claque.

Leia Também: 'Polaco' diz estar "tranquilo" e ser "inocente" na Operação Pretoriano

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