As autoridades estão, esta terça-feira, 18 de março, a realizar uma operação policial, numa antiga escola de Massamá, concelho de Sintra, onde vivem cerca de uma centena de pessoas.
A Polícia de Segurança Pública (PSP) revelou ao Notícias ao Minuto que a operação começou pelas 08h34 e envolve também elementos da Polícia Municipal, da Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) e de Saúde Pública.
A mesma fonte revelou que, até ao momento, "não há incidentes" a registar.
Sabe o Notícias ao Minuto que o local em questão é o Externato Novos Rumos, um antigo estabelecimento de ensino privado abandonado há mais de uma década e utilizado, há vários meses, como habitação ilegal por cerca de 100 pessoas.
Por sua vez, aos jornalistas no local, o Chefe Coordenador da PSP, Pedro Magrinho, responsável pela operação, explicou que esta "ação de fiscalização surgiu no seguimento de várias denúncias".
Os cerca de 40 quartos do imóvel estão ocupados, alguns dos quais por "agregados familiares", com crianças de "tenra idade", assim como idosos.
De acordo com Pedro Magrinho, a maioria dos moradores são "imigrantes legalizados, portanto, não há nada a apontar em termos de entrada irregular no território nacional".
A PSP está a identificar todos os que ali vivem e que, garantem, pagavam uma renda mensal, entre 250 e 500 euros.
Além deles, no local está também o proprietário do edifício e o alegado inquilino, que cobrava as rendas.
Os serviços sociais da autarquia tentam agora encontrar uma solução para estas pessoas, o que, segundo Pedro Magrinho, está a ser "um problema", por "falta de alternativas" de alojamentos "com alguma dignidade".
Imóvel era gerido por um familiar do antigo proprietário
Entretanto, à agência Lusa, a subcomissária da PSP, Ana Raquel Ricardo, clarificou que 29 dos quartos estavam ocupados por "cidadãos estrangeiros, de diversas nacionalidades, todos de forma regular no país" e que, no local, no momento da ação policial, estavam 38 adultos e 13 crianças.
Segundo Ana Raquel Ricardo, as autoridades detetaram também que a infraestrutura tinha sido alvo de obras para que as salas pudessem albergar pessoas, nomeadamente cozinhas e casas de banho.
Ainda de acordo com a responsável, era um familiar do antigo proprietário que estava a arrendar os quartos.
A situação já era conhecida das autoridades, devido ao "entra e sai de pessoas do local" e "algumas denúncias anónimas", tendo levado a esta ação de fiscalização.
Segundo a subcomissária, a operação já terminou.
[Notícia atualizada às 12h25]
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