Gaia diz que nova proposta para TGV não anula solução anterior

O presidente da Câmara de Gaia, Eduardo Vítor Rodrigues, afirmou hoje, num comunicado entregue aos jornalistas durante a reunião da autarquia sobre a nova proposta para a alta velocidade, que esta não anula a solução anterior.

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Lusa
10/04/2025 17:45 ‧ há 5 dias por Lusa

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Eduardo Vítor Rodrigues

"A estação de Santo Ovídio será sempre uma alternativa viável até decisão por parte da tutela", pode ler-se no comunicado, reforçando que, "em nenhuma circunstância, poderá estar em causa a estação de Gaia ou o projeto nacional, elemento central para o projeto e para a região".

 

O também presidente da Área Metropolitana do Porto (AMP) refere que "a solução proposta não exclui a hipótese original, antes avaliza uma hipótese alternativa que se enquadra na zona delimitada como corredor de Alta Velocidade pelo concurso internacional lançado pelo Estado".

No comunicado, Eduardo Vítor Rodrigues (PS) admite que "as alterações apresentadas pelo consórcio apresentam especificidades face à solução iniciamente apresentada a concurso".

Assim, "as mesmas devem ser objeto de definitiva validação por parte das entidades setoriais com jurisdição na área de intervenção, bem como por parte da tutela (Governo e IP [Infraestruturas de Portugal]), garantindo que tais alterações não põem em causa os termos de referência do concurso e os prazos estabelecidos para a obra".

Em causa está uma proposta de alteração do consórcio LusoLav (Mota-Engil, Teixeira Duarte, Alves Ribeiro, Casais, Conduril e Gabriel Couto), responsável pela linha de alta velocidade entre Porto e Oiã, para mudar em dois quilómetros a localização da estação de Gaia e fazer duas pontes sobre o Douro em vez de uma rodoferroviária.

A proposta está a ser apresentada hoje em reunião de Câmara e será votada na Assembleia Municipal pelas 21h00.

O líder da autarquia gaiense defende que a proposta do LusoLav "reúne condições de aceitação, desde logo pela inserção urbana que minimiza enormemente os impactos sempre previsíveis deste tipo de investimentos, nomeadamente os impactos sobre a malha urbana, cerzindo a inserção com soluções positivas, e sobre as propriedades".

"A estação articula-se com as linhas Amarela e Rubi do Metro do Porto", aponta (apesar de só ter ligação direta com a Rubi e perder a Amarela), "devendo ser desenvolvidos trabalhos com a Metro do Porto" para articular as ligações do metro à estação ferroviária proposta.

Para Eduardo Vítor Rodrigues, é "condição imprescindível para a eventual mudança" haver ligação ao Metro do Porto, "por se tratar da efetiva inserção urbana e intermodal", numa estação que "servirá toda a zona sul da AMP e será também a solução indicada para acesso à área ocidental do Porto".

"Deverá ainda ser considerada a hipótese de, para além das áreas estritamente necessárias" à linha, "serem adquiridas faixas suplementares em ambos os lados da linha", para um "eixo verde Norte-Sul, um parque linear equipado com ciclovia" que culmina no parque urbano proposto para a zona da estação, para minimizar o "efeito barreira" no território atravessado.

O Governo informou hoje estar em diálogo com a Infraestruturas de Portugal sobre a proposta, desconhecida por esta, para mudar o local da estação de alta velocidade em Gaia e a ponte sobre o Rio Douro.

"O Ministério das Infraestruturas e Habitação está em diálogo com a IP sobre esta matéria. A resposta que a Lusa recebeu ontem [quarta-feira] da IP é o único ponto de situação para já", pode ler-se numa resposta de fonte oficial do ministério enviada hoje à Lusa.

A IP disse na quarta-feira à Lusa que "não foi informada pelo Consórcio Adjudicatário da intenção de introduzir quaisquer alterações à proposta que apresentou ao concurso", relembrando que o contrato de concessão ainda não foi assinado.

A Câmara do Porto também não tinha conhecimento da proposta de abandonar a solução de uma ponte rodoferroviária sobre o Douro para a linha de alta velocidade e passar para duas, apresentada pelo consórcio LusoLav, disse fonte oficial à Lusa.

Leia Também: Julgamento de Menezes por difamar autarca de Gaia marcado para 5.ª-feira

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