"[Quero] também condenar o ataque que Israel fez ao hospital no norte de Gaza, que era o único hospital funcional nessa zona da Faixa de Gaza", disse Paulo Rangel, em declarações aos jornalistas, no âmbito de uma reunião ministerial no Luxemburgo.
O hospital Al Ahli, também conhecido como Hospital Batista e considerado o maior hospital ainda em atividade na Faixa de Gaza, foi bombardeado este fim de semana pelas forças israelitas, provocando a retirada forçada de doentes e pessoal médico.
O ministro dos Negócios Estrangeiros criticou o "corolário de um mês em que não tem chegado nenhuma ajuda humanitária".
"Tivemos a oportunidade de ser informados detalhadamente sobre a situação humanitária em Gaza, que se tem agravado imenso neste último mês, justamente porque deixou de entrar ajuda humanitária", completou o governante português.
Questionado pelos jornalistas se Portugal ia ser um dos próximos países a reconhecer o Estado Palestiniano, depois de França ter anunciado a intenção de o fazer, Paulo Rangel comentou que Paris impôs "bastantes condições" e que "não são fáceis de cumprir", nomeadamente "reconhecimentos mútuos" e a garantia de que o movimento Hamas não tem qualquer operação na Faixa de Gaza.
"Neste momento, temos de ser muito prudentes, e a França foi", sustentou.
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