D. Januário Torgal Ferreira: Papa "fica na história da Igreja e do mundo"

O bispo emérito das Forças Armadas, D. Januário Torgal Ferreira, disse hoje que o Papa Francisco "fica na história da Igreja" e "na história do mundo", assinalando o seu papel na "defesa da dignidade da pessoa".

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Lusa
21/04/2025 12:16 ‧ há 7 horas por Lusa

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Forças Armadas

 O Papa morreu hoje aos 88 anos, depois de ter tido alta a 23 de março de um internamento hospitalar de 38 dias devido a uma pneumonia bilateral.

 

O bispo destacou que a "grande luta" do Papa foi "a luta pelos pequeninos", acrescentando que "ele não fugiu de ajudar os grandes", mas que deu "o primeiro lugar aos pequeninos".

"O Papa, de facto, esteve ao lado dos indigentes, dos pequeninos, daqueles que não interessavam, daqueles que não pesam na balança, e defendeu-os, e defendeu-os, e apareceu, e visitou-os", reforçou.

Além destes, defendeu também o planeta "porque a própria terra está a ser, este cosmos belíssimo, está a ser estragado pelos interesses económicos, pela incúria, pela insensibilidade cultural, as pessoas destroem montes e vales, árvores, e plantações, porque para elas não tem qualquer significado, e o Papa foi um pioneiro nesta defesa, ao lado de muita gente, com certeza, mas na sua responsabilidade de pastor".

Segundo o bispo emérito das Forças Armadas, Francisco chamou a atenção para problemas que precisam da atenção de todos.

"Trata-se de ninguém ficar a dormir, e eu acho que muita gente está a dormir hoje, perante aquilo que estamos a ver na política mundial e na vida mundial, em que os pobres aumentam, e particularmente em Portugal".

Assinalou ainda que Francisco lutou para que as pessoas vivessem "de mãos dadas, com toda e qualquer pessoa, ateus, não ateus, crentes, descrentes", considerando que "a sua voz, a sua decisão, a sua luta e a sua coragem, fizeram dele (...) a voz mais autorizada do mundo".

"Foi um Papa de coração muito grande. Eu acho que a Igreja tem de ser assim. E não é, muitas vezes".

A propósito, declarou sentir "um orgulho muito grande neste Papa", adiantando que para si Francisco "não morreu" porque acredita "na imortalidade, na paz daquele Senhor que ele viveu e seguiu".

"Fico com esta fotografia no coração de um Papa com traços tão similares ao do Senhor Jesus Cristo".

A última aparição pública de Francisco foi no domingo de Páscoa, no Vaticano, na véspera de morrer, quando apareceu na varanda da Basílica de São Pedro para abençoar os milhares de fiéis ali reunidos, que o saudaram com vivas e aplausos.

O funeral do Papa será realizado dentro de nove dias e o conclave para eleger o seu sucessor dentro de um mês, anunciou o Vaticano.

Leia Também: Papa Francisco terá morrido na sequência de um AVC

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