"Supercomputadores ligados a cérebros" farão a guerra do futuro

O general Loureiro dos Santos não tem dúvidas de como serão as guerras do futuro. Numa era supertecnológica, os ?supercomputadores dos quais farão parte cérebros humanos? serão os responsáveis pelos conflitos que se avizinham, escreve o general no seu livro ?O Futuro da Guerra?.

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Notícias Ao Minuto
27/10/2014 18:51 ‧ 27/10/2014 por Notícias Ao Minuto

País

Loureiro dos Santos

Os homens não serão mais os protagonistas da guerra. Os conflitos dos próximos tempos, e não muito longínquos, serão “entre supercomputadores dos quais farão parte cérebros humanos”.

As previsões são feitas pelo general Loureiro dos Santos no seu mais recente livro ‘O Futuro da Guerra’ e defendidas em entrevista ao Expresso. Para o antigo chefe de Estado-Maior do Exército, “não estaremos eventualmente muito longe dos cérebros humanos se ligarem diretamente às máquinas”.

No seu livro, o antigo ministro destaca a isenção de sentimentos por parte das máquinas e que muitas vezes originam conflitos. Contudo, e mesmo numa época futura dominada por máquinas, defende que o “homem é sempre indispensável”.

Porém, questiona: “Até agora a decisão de matar vem de alguém que está a conduzir a máquina. Mas já há quem fale em combates em exércitos de robots ou drones (aéreos ou aquático). O que acontecerá se a certa altura algum decisor conceder-lhes a capacidade de matar?”.

Ao Expresso, Loureiro dos Santos refere ainda que, às custas da “circulação de informação”, a “guerra do ciberespaço ganhou um valor absolutamente crítico relativamente a outros espaços” e que o próprio ciberespaço leva a que o “nosso mundo” funcione “em bases digitais”.

“O nosso sistema financeiro depende dos computadores, tal como a distribuição de água e energia, o controlo do espaço aéreo e as redes de telecomunicações. Não há nada estrutural para as sociedades modernas que não dependa do ciberespaço”, frisa.

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