"Simpatizo com Sócrates, mas não era amigo dele"

O antigo procurador-geral da República fala sobre a 'Operação Marquês'. Pinto Monteiro apelida a violação do segredo de justiça como “um escândalo” e critica a imprensa por já ter acusado o antigo primeiro-ministro.

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Notícias ao Minuto
15/06/2015 09:00 ‧ 15/06/2015 por Notícias ao Minuto

País

Pinto Monteiro

Fernando Pinto Monteiro ‘abriu o livro’ sobre José Sócrates em entrevista ao Diário Económico e Antena1.

O ex-procurador-geral da República falou sobre o processo na Justiça que envolve o antigo governante, aproveitando para atacar os jornalistas: “O que estamos a assistir é ao julgamento de José Sócrates, que está condenado pela esmagadora maioria da imprensa. A sentença que o venha a condenar ou a absolver é uma coisa secundária”.

O antigo PGR fala de um “escândalo” provocado pela divulgação de pormenores do processo à comunicação social. Uma prática que Pinto Monteiro diz já não ser novidade: “O escândalo não é recente, o segredo de justiça é violado em Portugal desde sempre”.

Questionado sobre a relação pessoal com o ex-primeiro-Ministro, Pinto Monteiro responde com uma declaração de intenções. “Se me perguntar se simpatizo com José Sócrates, simpatizo. Agora, não era amigo dele”, esclarece.

Nesta entrevista, Pinto Monteiro garante que enquanto foi procurador-geral da República, “nunca foi apresentado nada que fosse ilícito”, deixando por fim a garantia de que “se a acusação a Sócrates tiver de ser na campanha eleitoral, terá de ser”.

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