Na passada sexta-feira, Clife Barbosa, tatuador de 27 anos de Oeiras, contou no Facebook o que lhe aconteceu depois de ele e a mulher terem sido chamados para uma reunião numa IPSS que já teria garantido uma vaga para a filha bebé.
O casal foi chamado para uma reunião onde os informaram que os seus rendimentos não chegaram a ser analisados – algo que deve acontecer nas IPSS. O casal considera que lhes foi feita “uma proposta de mensalidade acima dos rendimentos” apresentados. Mas o que ressalva da reunião são as acusações de discriminação.
“A reunião era com a diretora que fez logo cara de nojo quando viu os meus braços”, conta Clife Barbosa no Facebook, onde diz, relativamente à vaga para a filha bebé, que “o problema veio depois quando chegou aos ouvidos da diretora que eu tatuava”.
Nessa reunião, a diretora terá feito comentários sobre “essas tatuagens...". A dada altura, quando perguntaram à mãe da pequena Mel se os pais podiam ficar com a criança, e mãe respondeu que não, o que se seguiu foi uma outra pergunta, intrusiva: “Não aceitaram o casamento, foi?".
A publicação de Clife Barbosa no Facebook tem ganho cada vez mais destaque. Neste momento, conta já com quase 12 mil partilhas. Ao jornal i, Clife Barbosa recuperou a história, com a nota de que, pelo menos para já, o casal optou por não revelar o nome da instituição onde a bebé terá sido discriminada pelas tatuagens e profissão do pai.
Na rede social, Clife Barbosa realça que “nem isso faz de mim um mau pai, porque sou melhor pai que muitos que andam por ai e que nem uma tatuagem têm”. E diz ainda que “não é por estar tatuado que sou bandido, que me drogo, e que não tenho princípios”.
Para a pequena Mel, porém, a história segue dentro de momentos. Uma outra IPSS já terá contactado os pais da bebé. “Têm vagas”, revelam os pais da Mel.
