Faz amanhã um ano que a plataforma informática que gere os processos dos tribunais nacionais ficou inoperacional durante 44 dias. O ‘crash’ do Citius aconteceu precisamente na altura do arranque da nova organização dos tribunais.
Um ano depois, ainda não há pareceres sobre os motivos do colapso informático. Segundo o Público, essa auditoria foi pedida pelo Ministério Público (MP) à Inspeção-Geral das Finanças, mas os trabalhos só tiveram início oito meses após o 'crash' e as conclusões só serão conhecidas no próximo mês.
É de referir que o ‘crash’ do Citius causou diversos problemas em várias vertentes. Muitos processos que já estavam concluídos passaram a estar marcados como ‘pendentes’ após a migração informática do sistema judicial. Houve ainda processos que não foram sequer transferidos.
No que toca a processos relativos a cobrança de dívidas centenas de milhares de casos estão ainda por ser revistos ou encaminhados. Entre outros problemas, refira-se o facto de muitos cidadãos e juízes terem de fazer deslocações extra porque as instalações da justiça mais próximas ainda não estão adequadas às necessidades do novo modelo do Citius.