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Pais protestam por causa de chuva e frio em salas de aula

Pais e encarregados de educação protestaram hoje, em Mondim de Basto, por causa do frio e a água da chuva que entra nas salas de aula da Escola EB2,3 e Secundária e reivindicaram obras urgentes.

Pais protestam por causa de chuva e frio em salas de aula
Notícias ao Minuto

11:13 - 23/11/15 por Lusa

País Mondim de Basto

A manifestação à porta do estabelecimento de ensino do distrito de Vila Real juntou cerca de três dezenas de pais, que quiseram deixar de fora da iniciativa os alunos.

Nas grades da escola colocaram uma tarja e nas mãos traziam pequenos cartazes onde se podia ler "Não à chuva e ao frio nas salas de aula" ou "Os alunos, professores e funcionários merecem uma escola digna".

Os manifestantes ensaiaram ainda algumas palavras de ordem como "do Ministério da Educação exigimos uma solução".

"Só quem trabalha aqui, só quem tem aulas aqui é que consegue perceber a gravidade da situação. Estamos a falar da maioria das salas do piso superior de três blocos onde chove literalmente lá dentro. Três delas já estão fechadas há um ano. Não é fácil trabalhar nem estar a estudar numas condições destas", afirmou Carlos Martins, presidente da Associação de Pais.

Para além destas três salas fechadas, há mais nove que estão condicionadas e que têm que estar de janelas abertas para que a água que cai lá dentro seja escoada através de plásticos para o exterior.

"Não há condições para estudar porque é muito frio, chove lá dentro, não há conforto e os meninos não conseguem estudar porque não se conseguem concentrar", sustentou Estela Soares, mãe de uma aluna que frequenta esta escola.

O objetivo do protesto foi alertar para as más condições do estabelecimento de ensino, mas também reivindicar a realização de obras urgentes.

Os pais e encarregados de educação começaram por subscrever um abaixo-assinado, que juntou 400 assinaturas, e depois, em outubro do ano passado, realizaram uma primeira ação de protesto.

Logo a seguir, de acordo com Carlos Martins, receberam a promessa de que as obras de reabilitação deveriam "arrancar em janeiro".

"Um ano depois o problema não só persiste como se agravou. Não foi feita ainda qualquer obra nem se prevê que seja feita nos próximos tempos", referiu o responsável.

António José Pinto disse que enquanto pai de uma estudante fica preocupado ao ver a "situação a degradar-se de dia para dia". "Isto já acontece há vários anos. Quando chove está a cair água ao lado dela. Há um balde grande, do tamanho daqueles das vindimas, onde cai a chuva constantemente", frisou.

Também uma outra mãe, Maria da Graça, salientou as "más condições da escola" e até disse que é "perigoso estar dentro das salas" já que a "água sai pelos projetores e pelas tomadas de eletricidade".

"Com as janelas abertas e baldes para apanhar a água acho que é inadmissível nos tempos em que estamos, os miúdos continuarem a ter aulas nestas condições", sublinhou.

A diretora da escola, Laura Ínsua, reconheceu as dificuldades que existem na escola e salientou os diversos contactos feitos com os serviços do ministério com vista à realização de obras.

"No ano passado já houve uma manifestação. Depois disso veio aqui uma equipa da Direção Geral dos Estabelecimentos Escolares (DGEstE), houve promessas de obras para o final do ano, depois no início de 2015 mas depois daí para a frente mais nada", sublinhou.

Carlos Martins acrescentou que há indicações de que possa ser apresentada uma candidatura ao novo quadro comunitário para financiamento das obras, no entanto, salientou que não "nada de concreto" e enquanto se espera as "condições da cobertura da escola vão-se deteriorando".

A EB2,3 e Secundária de Mondim de Basto foi construída há cerca de 30 anos e sofreu uma intervenção em 2000, com a construção de um novo pavilhão. Neste estabelecimento estudam cerca de 620 alunos.

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