Análise final do IPMA reitera que não há provas concretas de que o incêndio de Pedrógão Grande tenha começado com uma trovoada seca.
“Não registamos nenhuma descarga [elétrica] à hora do incêndio. Ocorreram duas descargas para o solo a 25 quilómetros do local indicado como início do incêndio e mais tarde, a oito ou 10 quilómetros do local, mas já a partir das 17h30” disse em conferência de imprensa Sandra Correia em representação do IPMA.
Ao contrário do que foi inicialmente avançado pelas autoridades, o fogo que consumiu 20.072 hectares de espaços florestais e que causou 64 mortos e mais de 200 feridos, pode não ter tido origem numa árvore atingida por um raio.
Contudo, conclui-se no relatório final apresentado esta quarta-feira que um 'downburst' registado na zona possa ter contribuído para a propagação das chamas.
Este fenómeno caracteriza-se pela formação de uma corrente de ar gerada por nuvens que chega até ao chão, onde se espalha em todas as direções e provoca ventos fortes, criando uma "espécie de furacão" tal como descreveram e filmaram os habitantes locais.