O Ministério Público (MP) determinou a constituição como arguidos dos três secretários de Estado que solicitaram a exoneração, pedidos entretanto aceites por António Costa, bem como de um chefe de gabinete, um ex-chefe de gabinete e um assessor governamental no âmbito do inquérito relacionado com viagens ao Euro2016.
Segundo um comunicado enviado às redações, o Ministério Público afirma que "em causa estão factos suscetíveis de integrarem a prática de crimes de recebimento indevido de vantagem, previstos na Lei dos Crimes de Responsabilidade de Titulares de Cargos Políticos".
Além de Jorge Costa Oliveira, Fernando Rocha Andrade e João Vasconcelos, secretários de Estado da Internacionalização, Assuntos Fiscais e Indústria, respetivamente, foram constituídos arguidos um chefe de gabinete, um ex-chefe de gabinete e um assessor governamental.
Na investigação, a cargo do Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Lisboa, está a ser apurado o pagamento pela Galp Energia S.A. de viagens, refeições e bilhetes para jogos da seleção nacional no Campeonato Europeu de Futebol de 2016, que decorreu em França.
A exoneração dos três secretários de Estado foi confirmada por António Costa no passado domingo, tendo hoje justificado essa decisão. Esta é a terceira vez que o primeiro-ministro altera a composição do seu Executivo, que entrou em funções em 2015.
[Atualizado às 13h07]