O presidente da Associação Portuguesa de Bombeiros Voluntários (APBV) desmente ter sido detido pela Guarda Nacional Republicana (GNR) em Pedrógão Grande, esta quarta-feira, como foi avançado pelo Observador. Em causa estará uma alegada destituição do cargo e “usurpações de funções”.
Contactado pelo Notícias ao Minuto, Rui Silva garante que a “notícia não é verdadeira” e que não foi detido.
Por sua vez, a GNR de Leiria adiantou ao Notícias ao Minuto que “foi feito um auto de notícia por usurpação de funções”, não tendo havido qualquer detenção.
“Houve uma denúncia por um suposto crime” e serão tomados os procedimentos considerados normais, explicou uma fonte das autoridades.
Rui Silva é presidente da APBV desde 2010 e explica que a primeira notícia do Observador sobre a destituição, publicada no início do mês, “não é verdadeira por vários motivos”.
“A presidente da Assembleia Geral [Alzira Sousa] não tem poderes, por si só, para destituir toda a direção e conselho fiscal. Só ficou ela em funções. Isso é completamente ilegal e não tem cabimento estatutário. E, portanto, como gente de bem que somos todos, o que a direção fez foi apresentar uma queixa contra este tipo de atitude e aguardámos a sua resolução, só que a senhora presidente não desarma e chegou a um nível em que já se mente”, justificou o presidente da APBV.
“Não fui detido. Eu por acaso hoje nem andei fardado, mas só por acaso, porque podia fazê-lo”, reitera. O responsável frisa ainda que não é candidato às eleições autárquicas na freguesia de Árvore e vê esta divulgação como tendo “objetivos”, olhando para isto como uma forma de “aniquilar completamente uma pessoa”.
Rui Silva garantiu ao Notícias ao Minuto que irá avançar judicialmente, já que “tudo aquilo que é dito é falso”. “Uma acusação de que fui detido não é uma coisa qualquer, porque eu não fui detido, também não fiz nada de mal, era o que mais faltava ser detido por exercer uma função que é legal”.
“Se há alguma incorreção, e não estou a a dizer que há, o que a presidente da Assembleia tem de fazer é convocar novas eleições, não é tomar este tipo de atitudes. Esta é uma manobra meramente de afastamento porque sou inconveniente, é essa a minha interpretação, não há outra. Eu sou boa pessoa, não prejudico ninguém, a não ser com aquilo que digo sobre os incêndios, os bombeiros, quem sabe, o que incómoda”, justificou.
Na página do Facebook da APBV, e numa publicação assinada pela presidente da Assembleia Geral, Alzira Sousa, pode ler-se que “em fevereiro último decorreu ato eleitoral eletivo, contudo, face a irregularidades várias que foram devidamente reportadas à Mesa da Assembleia Geral, foi decidido pela presidente e no exercício das suas funções, anular o ato eleitoral de 11 de fevereiro último, por o mesmo estar ferido de irregularidades insanáveis, nomeadamente por não haver sido convocado e celebrado nos termos estatutários”.