A Polícia Judiciária Militar recuperou algum do material roubado da Base de Tancos, segundo fez saber em comunicado enviado às redações. A operação terá sido levada a cabo após uma denúncia anónima e o material acabou por ser intercetado na localidade da Chamusca, no distrito de Santarém.
Entre o material que desapareceu da base aérea, as autoridades conseguiram recuperar 44 armas de guerra, granadas e explosivos. Alegadamente, não terá sido possível intercetar as munições.
A Polícia Judiciária (PJ) Militar adianta, na mesma nota de imprensa, que, no âmbito de investigações de combate ao tráfico e comércio ilícito de material de guerra, "recuperou esta madrugada na região da Chamusca, com a colaboração do núcleo de investigação criminal da GNR de Loulé, o material de guerra furtado dos Paióis Nacionais de Tancos".
De acordo com o comunicado, "o material recuperado já se encontra nos Paióis de Santa Margarida, à guarda do Exército, onde está a ser realizada a peritagem para identificação mais detalhada".
Em 29 de junho, o Exército revelou a violação dos perímetros de segurança dos Paióis Nacionais de Tancos e o arrombamento de dois 'paiolins', tendo desaparecido granadas de mão ofensivas e munições de calibre nove milímetros.
Entre o material de guerra furtado dos Paióis Nacionais de Tancos estavam "granadas foguete anticarro", granadas de gás lacrimogéneo e explosivos, segundo a informação divulgada pelo Exército.
O Chefe do Estado-Maior do Exército mandou instaurar três inquéritos, nomeadamente ao funcionamento do sistema de videovigilância, à intrusão nas instalações e à gestão de cargas.
O Exército decidiu encerrar os paióis nacionais de Tancos, optando por concentrar o material nas instalações de Santa Margarida e admitindo armazenar algum material nos paióis dos outros ramos, em caso de necessidade.
Na altura, a imprensa espanhola divulgou a lista do material roubado, enumerando todo o armamento, cujo desaparecimento suscitou preocupação de segurança ao nível da Europa.
[Notícia atualizada às 11h50]