No âmbito da Carta Portuguesa para a Diversidade, um conjunto de princípios para a diversidade e inclusão que cada país foi desafiado, pela Comissão Europeia, a fazer e preparar, foi lançada uma iniciativa com o intuito de reconhecer as boas práticas no local de trabalho, atribuindo às organizações reconhecidas um Selo de Diversidade.
“Muitas vezes ficamo-nos pelas questões da diversidade de género, étnica, social… a inclusão das pessoas com deficiência no mercado de trabalho é uma necessidade real de que até temos consciência, mas se calhar nunca parámos para pensar quantos colegas com deficiência temos”, recordou a secretária de Estado da Inclusão das Pessoas com Deficiência, Ana Sofia Antunes, presente na cerimónia de entrega dos prémios.
Das candidatas, a EDP foi a empresa mais premiada, ao angariar um Selo da Diversidade, na categoria de ‘Desenvolvimento profissional e progressão na carreira’, e três menções honrosas, nas categorias de ‘Cultura organizacional’ (juntamente com o BNP Paribas e a Essilor), ‘Recrutamento, seleção e práticas de gestão de pessoas’ e ‘Condições de trabalho e acessibilidades’.
Já a Ericsson garantiu o Selo com a categoria ‘Compromisso da gestão de topo e dos outros níveis hierárquicos’, bem como uma menção honrosa na categoria de ‘Condições de trabalho e acessibilidades’.
A Fundação AFID Diferença ficou foi distinguida com o Selo na categoria ‘Comunicação da Carta e dos seus princípios’, com a Media em Movimento a ser reconhecida com a menção honrosa na mesma categoria.
Por fim, o Selo da Diversidade na categoria ‘Condições de trabalho e acessibilidades’ foi atribuído à Câmara Municipal de Lisboa, com a L’Oreal a receber a menção honrosa da categoria, juntamente com a EDP e a Ericsson.
“A gestão da diversidade é um imperativo estratégico para as empresas e organizações em resposta a sociedades cada vez mais diversas. Não podemos acreditar que a inclusão da diversidade e da diferença se faz de forma natural, recaindo sobre as organizações desafios particulares de inclusão e de garantia do pluralismo”, disse a secretária de Estado da Cidadania e Igualdade, Rosa Monteiro. “É fundamental mudar a cultura e as práticas de gestão para que as características e competências de cada pessoa possam ser integradas, respeitadas e valorizadas”, acrescentou.
A primeira edição desta iniciativa decorreu na Gala da Carta Portuguesa Para a Diversidade, no Auditório da Universidade Atlântica, em Lisboa.
Além dos prémios entregues, a Carta Portuguesa para a Diversidade conseguiu aumentar as assinaturas, contando já com 193 signatários: 44% são empresas, 35% são organizações sem fins lucrativos, 15% são organizações públicas, havendo 4% de instituições de ensino e de associações empresariais.