PSD exige a demissão de Ricardo Robles
Em causa está o investimento imobiliário do vereador bloquista em Alfama.
© Blas Manuel
Política Lisboa
O PSD Lisboa reagiu ao final desta manhã, em comunicado, à notícia que veio a público dando conta da valorização de um investimento imobiliário de Ricardo Robles em Lisboa. Os sociais-democratas pedem a demissão do vereador.
O vereador do Bloco de Esquerda, que tem criticado a especulação imobiliária na capital portuguesa e o consequente impacto na vida de muitos lisboetas, está a ser alvo de críticas após a revelação desta sexta-feira feita pelo Jornal Económico.
Em causa está um imóvel degradado que Ricardo Robles adquiriu com a irmã em junho de 2014, em Alfama, na altura com cinco contratos de arrendamento ativos.
Entre a compra e as obras levadas a cabo, terão sido gastos cerca de um milhão de euros, com o prédio a ser posteriormente colocado à venda por 5,7 milhões de euros.
O vereador procurou prestar esclarecimentos redes sociais, defendendo que "não há contradição" entre as suas posições e o negócio em causa.
Em comunicado, o PSD de Lisboa considera "que este caso vem mostrar que os discursos e as posições do Bloco de Esquerda são uma chocante fraude política".
O PSD acusa o cabeça de lista das últimas autárquicas em Lisboa de ter dado "a sua cara nos cartazes e nas ruas contra o bullying e a especulação imobiliária, contra os despejos, contra os abusos do alojamento local e contra a gentrificação", mas, "afinal, é ele mesmo um especulador imobiliário, que 'despeja' inquilinos e que pretende ganhar milhões e enriquecer com a especulação imobiliária", pode ler-se.
O PSD quer que Robles se demita "por manifesta falta de ética, de seriedade e de credibilidade política para permanecer no cargo de vereador na cidade de Lisboa".
O comunicado 'laranja' termina com uma expressão conhecida: "Bem prega frei Tomás, faz o que ele diz e não o que ele faz”.
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com