Em declarações aos jornalistas no parlamento após a realização da sessão solene do 25 de Abril, João Mota Amaral, antigo deputado da Constituinte e ex-presidente da Assembleia da República, elogiou a homenagem feita aos membros do órgão responsável pela redação da Constituição Portuguesa e disse ter sido uma "grande satisfação" encontrar antigos colegas parlamentares, que marcaram hoje presença nas galerias do hemiciclo.
No dia em que se celebram 50 anos das primeiras eleições livre para a Assembleia Constituinte, o antigo parlamentar relembrou o dia 25 de abril de 1975 como "um dia magnífico" e importante para o PSD, com um resultado que "deu autoridade para defender a autonomia política [dos sociais-democratas] com todo o vigor".
Mota Amaral elogiou a construção democrática no país e recordou o "grande confronto político" que marcou o início da democracia portuguesa e a elaboração da Constituição Portuguesa.
"Estávamos a inaugurar a democracia e havia diversas posições sobre o futuro de Portugal. Acabou por vencer aquela linha que defendia uma democracia pluralista, ocidental, (..) e é isso que temos", acrescentou.
O antigo presidente da Assembleia da República sublinhou ainda a defesa do legado da Revolução de Abril: "espero que o 25 de Abril permaneça, 25 de Abril sempre".
O antigo constituinte disse também ter gostado dos discursos do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e do presidente do parlamento, José Pedro Aguiar-Branco, considerando-os "muito elucidativos sobre o que cada um pensa acerca do que se está a passar em Portugal".
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