25 Abril. Parlamento da Madeira destaca importância da estabilidade

Os seis partidos com representação no parlamento da Madeira destacaram hoje a importância do 25 de Abril no processo autonómico, com a maioria a sublinhar o valor da estabilidade e a oposição a salientar o que ainda falta cumprir.

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Lusa
25/04/2025 14:05 ‧ há 7 horas por Lusa

Política

25 Abril

"O discurso defensor da autonomia tem de ser protagonista nesta casa", afirmou a deputada social-democrata Cláudia Perestrelo, sustentando que "Abril é uma revolução contínua e inacabada" e, por isso, "Madeira vai continuar a reivindicar os seus justos anseios".

 

A deputada do PSD, partido que sustenta o Governo Regional em coligação com o CDS-PP, sublinhou ser agora fundamental proceder à revisão da Constituição e do Estatuto Político-Administrativo da Região Autónoma, para que a Madeira prossiga no caminho do desenvolvimento.

Na sessão solene de hoje, a Assembleia Legislativa não apresentou qualquer decoração floral alusiva ao 25 de Abril, considerando o luto nacional pela morte do Papa Francisco, mas alguns deputados, sobretudo socialistas, ostentavam cravos vermelhos na lapela.

A sessão evocativa do 51.º aniversário da Revolução dos Cravos decorreu no hemiciclo do parlamento regional, onde estão representados seis partidos -- PSD, JPP, PS, Chega, CDS-PP e IL --, com maioria absoluta constituída por uma coligação entre o PSD (23 deputados) e o CDS-PP (um deputado), estabelecida após as eleições antecipadas de 23 de março.

Também contou com a presença de três secretários do Governo Regional, que é liderado pelo social-democrata Miguel Albuquerque.

O Papa Francisco foi evocado e citado várias vezes por deputados de várias forças, como Carlos Silva, do JPP, o maior partido da oposição madeirense, com 11 deputados, que sublinhou as suas "lições de igualdade, de fraternidade e de liberdade", dizendo que estes foram também os objetivos do 25 de Abril.

Carlos Silva lembrou, depois, alguns motins populares ocorridos na Madeira ao longo dos séculos, concluindo que os habitantes da região e os políticos devem continuar a ser "agentes da revolução", pois ainda "falta fazer a revolução da saúde e da habitação, do bem-estar social e da autonomia".

Já o líder do grupo parlamentar do PS, Paulo Cafôfo, que também citou o Papa Francisco pelo seu exemplo de "tolerância, inclusão, transparência, humildade, simplicidade e perdão", afirmou que "Abril não se cumpre" face a "tantos madeirenses" com baixos salários e problemas no acesso à habitação, à saúde, à educação.

Miguel Castro, do Chega, considerou, por seu lado, que "o povo está a acordar" e o atual ciclo político, que disse estar marcado pela corrupção, vai acabar já no dia 18 de maio, com as eleições legislativas nacionais, sendo que a escolha dos eleitores será entre "o mesmo de sempre ou uma mudança verdadeira".

Pelo CDS-PP, a deputada única Sara Madalena afirmou que o 25 de Abril não é da esquerda nem da direita, mas de todos, e sustentou que, embora não tendo sido a "revolução perfeita", foi a revolução "necessária e preponderante".

A deputada democrata-cristã focou depois a atual situação política na região, lembrando que o CDS-PP apelou várias vezes ao Chega para que retirasse a moção de censura, com a qual derrubou o executivo social-democrata minoritário, provocando eleições antecipadas em 23 de março, que o PSD ganhou, ficando a um deputado da maioria absoluta.

"Podemos afirmar, o CDS também perdeu um deputado (...), mas a verdade é que somos o cêntimo que falta para chegar ao milhão e esse cêntimo dá-nos maior força para continuar a pugnar pela estabilidade, pela responsabilidade e pelo bem-estar dos madeirenses", disse, referindo-se ao acordo parlamentar e governativo estabelecido entre os social-democratas e os centristas.

"O CDS não é uma ilha adjacente do PSD, é uma região autónoma e assim vai continuar", sublinhou.

Já o deputado único da IL, Gonçalo Maia Camelo, lembrou que a revolução do 25 de Abril de 1974 foi desencadeada por jovens capitães e alertou para os problemas que os jovens atualmente enfrentam em Portugal e na Madeira, considerando ser necessário que o Estado, em vez de atribuir subsídios, desbloqueie caminhos para que possam trabalhar e prosperar.

"Sem jovens não pode haver futuro", reforçou.

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