O líder parlamentar do Bloco de Esquerda (BE) elogiou, esta quinta-feira, o "parecer negativo" da Polícia de Segurança Pública (PSP) às manifestações marcadas para o 25 de Abril, no Martim Moniz, em Lisboa.
Numa publicação partilhada na rede social X, Fabian Figueiredo realçou que o "25 de Abril fez-se para toda a gente" e o que os grupos que organizaram estas concentrações queriam era fazer "uma ação intimidatória" aos imigrantes que vivem na freguesia de Santa Maria Maior.
"Três grupos de extrema-direita queriam fazer uma ação intimidatória no Martim Moniz. A PSP reavaliou o seu parecer e chumbou a iniciativa. Fez bem. O 25 Abril fez-se para toda a gente, para quem cá nasceu ou para cá imigrou. Todos temos direito à tranquilidade e segurança", defendeu o parlamentar bloquista.
A PSP justifica a posição, já comunicada à Câmara Municipal de Lisboa, com o facto de estarem marcadas várias concentrações "para a mesma hora e área geográfica, algumas com objetivos, desígnios e posicionamentos ideológicos distintos e antagónicos" e a necessidade de "garantir a ordem e tranquilidade públicas".
Três grupos de extrema-direita queriam fazer uma ação intimidatória no Martim Moniz. A PSP reavaliou o seu parecer e chumbou a iniciativa. Fez bem. O 25 Abril fez-se para toda a gente, para quem cá nasceu ou para cá imigrou. Todos temos direito à tranquilidade e segurança. pic.twitter.com/9IjYvNGosw
— Fabian Figueiredo (@ffigueiredo14) April 24, 2025
E surge depois do partido Ergue-te e o movimento Habeas Corpus anunciarem uma manifestação com "porco no espeto" a realizar no Martim Moniz, na tarde de sexta-feira, concentração que é apoiada pelo grupo de extrema-direita 1143, liderado por Mário Machado.
À mesma hora, decorre o tradicional desfile de celebração do 25 de Abril, na Avenida da Liberdade.
A decisão sobre a realização das iniciativas na Praça do Martim Moniz compete agora à Câmara Municipal de Lisboa (CML).
Contactada pela agência Lusa na quarta-feira, a autarquia liderada por Carlos Moedas indicou então que, "como sempre acontece nestes casos, a avaliação de risco e eventuais decisões sobre as condições de segurança são definidas pela PSP", sendo com base "nos pareceres das forças de segurança que são definidas as condições para a realização de manifestações na cidade".
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