Chega diz que PS e PSD são "os melhores aliados" e insiste no confisco de bens

O presidente do Chega considerou hoje que PS e PSD fingem que estão "um contra o outro", mas são "os melhores aliados", depois de o secretário-geral socialista admitir deixar cair uma comissão parlamentar de inquérito à Spinumviva.

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Lusa
23/04/2025 17:35 ‧ há 7 horas por Lusa

Política

Legislativas

"Isto é o sistema a funcionar como sempre funcionou. Vamos fingir que estamos um contra o outro, para na verdade sermos os melhores aliados um do outro", afirmou.

 

André Ventura falava na apresentação do programa eleitoral do Chega às eleições legislativas de 18 de maio, com o mote "Salvar Portugal", que decorre num hotel em Lisboa.

Na terça-feira, na conferência Fabrica 2030, promovida pelo jornal Eco, em Lisboa, Pedro Nuno Santos disse esperar que "não seja necessário" haver uma comissão parlamentar de inquérito à Spinumviva.

"Tenho expectativa de que, até ao final da campanha eleitoral, consigamos esclarecer o que há ainda para esclarecer", disse o secretário-geral do PS.

O líder do Chega acusou também socialistas e sociais-democratas de se unirem para "ser o centro, o epicentro, a marca e a proteção da corrupção generalizada que há em Portugal".

"O Chega foi claro, dissemos que é preciso penas mais elevadas e confiscar os bens dos corruptos", afirmou, criticando que o Governo tenha anunciado hoje um anteprojeto de lei, a submeter a discussão pública, que aprofunda o mecanismo da perda clássica e alargada de bens, incluindo após os crimes prescreverem ou os arguidos morrerem.

"Agora que faltam três semanas para as eleições dizem que o Chega final tinha razão", disse, pedindo para "ser levado a sério".

O presidente do Chega indicou que quer "avançar com o confisco generalizado de bens" e voltou a dizer que, se for Governo, "no primeiro dia" vai "apresentar o maior pacote anticorrupção da história do país", sem detalhar.

No programa eleitoral divulgado hoje, o Chega indica que quer "reformar o sistema de apreensão, confisco e devolução ao Estado (e aos eventuais lesados) do património e produto do crime económico-financeiro, garantindo, tal como ocorre nos sistemas anglo-saxónicos uma eficaz apreensão de bens mesmo antes da condenação final e a celeridade conexa do processo em referência".

Ventura considerou também que "o Governo teve um ano para apresentar um pacote anticorrupção, mas nunca o fez, não fosse a lei cair em cima de si próprio".

Na apresentação do programa eleitoral, que durou hora e meia, o presidente do Chega voltou a estabelecer como meta vencer as legislativas de 18 de maio, voltou a pedir "uma oportunidade" para governar, e indicou que a campanha eleitoral do partido vai arrancar na Guarda para "dar um sinal ao interior esquecido".

André Ventura defendeu que foi a "falta de seriedade e de transparência" do primeiro-ministro que levou à queda do Governo e deixou um desafio a Luís Montenegro: "Saia-me só da frente e deixe-me ser primeiro-ministro".

"O Luís tem trabalho, tanto que estava a ganhar mais fora do Governo do que no Governo, pode voltar para lá", afirmou, numa alusão ao hino da campanha da AD "Deixa o Luís trabalhar".

Durante a apresentação do programa eleitoral, o presidente do Chega defendeu que a AD "teve nas mãos essa oportunidade de dizer às escolas, de dizer ao ensino, de dizer às instituições que nós não aceitamos que as nossas crianças sejam endoutrinadas no marxismo cultural que tomou conta da Europa".

"Não se pode dizer às crianças que há um homem e uma mulher com medo de que a cultura ou o que não goste, não se pode dizer ao país e ao mundo que nós não temos que ter bandeiras LGBT no parlamento ou nos sedes do Governo para sermos modernos", afirmou, sustentando que nos edifícios do Estado "há uma só bandeira, é a bandeira portuguesa".

[Notícia atualizada às 19h59]

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