CDS alerta que situação do pais "é pior que no tempo da troika"

A líder do CDS-PP considerou hoje que o Orçamento do Estado para 2019 é uma "imensa oportunidade perdida" e dramatizou o discurso dizendo que a situação do país "é pior que no tempo da troika".

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Lusa
29/11/2018 12:24 ‧ 29/11/2018 por Lusa

Política

Assunção Cristas

Assunção Cristas encerrou, pelo CDS, o debate do OE2019 no parlamento, e criticou a continuada "contradição deste Governo", que é ter a "maior carga fiscal de sempre de braço dado com os piores serviços públicos de sempre".

A frase seguinte do discurso foi uma frase que a líder centrista disse ter ouvido "dizer por todo o país: 'Está pior que no tempo da troika'".

Para Assunção Cristas, o primeiro-ministro, António Costa, nestes três anos de Governo, "não virou a página da austeridade", afirmando que ela "mudou de roupa, maquilhou-se", passando "dos impostos diretos para os indiretos", dos "cortes de despesa a cativações brutais" que levaram ao "maior corte de sempre no investimento público".

Este orçamento, afirmou, é mau porque "sufoca de impostos famílias e empresas", "não olha para os problemas estruturais da demografia ou do abandono do interior" e por deixar "asfixiado o combate à corrupção".

Assunção Cristas tentou contrariar "o país cor de rosa de António Costa", que, disse, "simplesmente não cola com a realidade".

E deu exemplos dos últimos anos que, segundo argumentou, não foi dada prioridade à saúde, ao "tratamento das crianças com cancro no Hospital de São João", no Porto, as consultas e cirurgias adiadas e canceladas "em larga escola".

"Não está tudo bem", acrescentou, quando "este Governo bate o recorde de greves" na função pública, "dos professores aos médicos, dos enfermeiros às forças de segurança".

A presidente do CDS-PP parodiou ainda a posição do ministro do Ambiente, por ter dito que se as famílias baixarem a potência elétrica os portugueses pagam menos impostos, dando como exemplo que se todos andarem "a pé e as mercadorias forem transportados de bicicleta, poupa-se em impostos sobre os combustíveis".

"O problema é que não se vive. Sobrevive-se. E não é isso que queremos", disse.

O CDS pretende afirmar-se como alternativa, dando a líder centrista o exemplo das propostas feitas pela sua bancada para o Orçamento do Estado, procurando aumentar a produtividade, aliviar a carga fiscal, melhorar a ação da justiça.

Por fim, Assunção Cristas criticou diretamente António Costa, a sua "arrogância e sobranceria politica", por não discutir o Orçamento no parlamento, a falta de "sensibilidade social e empatia com o sofrimento" dos portugueses que sofreram com os incêndios de 2017.

E, num momento de vozearia nas bancadas da maioria de esquerda. Assunção Cristas prometeu que se for primeira-ministra estará "presente para as notícias boas, mas também nas más".

O CDS vai votar contra o Orçamento do Governo PS, que tem o apoio parlamentar dos partidos de esquerda, PCP, BE e PEV.

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