Mário Machado foi esta quinta-feira recebido por Manuel Luís Goucha e Maria Cerqueira Gomes no programa das manhãs da TVI, ‘Você na TV’. Um convite que está a gerar polémica um pouco por todo o lado.
Nas redes sociais são centenas os internautas que já se insurgiram contra a presença do líder do movimento de extrema-direita Nova Ordem Social no programa de televisão. A ERC - Entidade Reguladora para a Comunicação Social já confirmou a receção de participações que visam o ‘Você na TV’ transmitido hoje, o SOS Racismo também já reagiu, acusando a TVI de “branquear crimes racistas”, mas são também muitas as caras conhecidas que criticam o convite endereçado a Mário Machado.
É o caso dos deputados socialistas Isabel Moreira, Porfírio Silva e Tiago Barbosa Ribeiro. Os parlamentares utilizaram as suas páginas de Facebook para censurarem o espaço dado a Mário Machado no ‘Você na TV’.
Tiago Barbosa Ribeiro foi o primeiro a reagir. Publicou uma foto de Alcindo Monteiro, assassinado em Lisboa, em 1995, por um grupo de skinheads, ao qual pertencia Mário Machado.
“Por causa da cor da sua pele foi espancado até à morte por um grupo de assassinos onde estava aquele ‘com ideias polémicas’ que foi hoje de manhã à TVI”, escreveu na legenda da imagem o parlamentar.
Isabel Moreira partilhou a mesma foto de Alcindo Monteiro, mas foi ainda mais dura nas palavras acusando mesmo a estação de Queluz de estar a fomentar os ideais fascistas e nazis.
“Em memória de Alcindo Monteiro - contra a normalização do fascismo e de nazis que hoje mesmo está a ser feita em Portugal na TVI”, lê-se na partilha da socialista.
Já Porfírio Silva optou por uma publicação mais longa onde acusa a TVI de dar “espaço publicitário aos defensores dos ditadores, aos admirados de Salazar”. Diz que quem lhes dá azo “não é malta tonta, são mesmo é nossos inimigos, inimigos da liberdade, da democracia, dos direitos”.
“São perigosos agentes dos processos que conduzem à repressão, como a história mostra: muitos dos mais perigosos repressores foram levados pela mão de falsos inocentes. Que esses falsos inocentes tenham acabado tão mal como os demais que pagaram a fatura, não os torna menos culpados. Nem menos perigosos”, conclui o deputado.