Bloquistas também reagem a polémica: "O fascismo entra em casa pela TVI"

Deputados condenam presença de Mário Machado em programa da TVI.

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Melissa Lopes
04/01/2019 08:45 ‧ 04/01/2019 por Melissa Lopes

Política

Televisão

A TVI está, desde esta quinta-feira de manhã, a ser fortemente criticada por ter convidado Mário Machado para participar no programa Você na TV , situação que levou inclusive a ERC a decidir investigar o caso depois de várias queixas.

Durante o dia de ontem, muitos foram os políticos a reagir, condenando a opção da TVI de convidar o líder do movimento de extrema-direita Nova Ordem Social.

Os socialistas acusaram a estação de normalizar “o fascismo e os nazis”. No mesmo sentido, também deputados do Bloco de Esquerda lançaram críticas.

“A TVI acha que fazer um programa com alguém que matou por motivações racistas e que continua a espalhar o discurso do ódio e a apologia do fascismo é uma boa maneira de ter audiências”, comenta Moisés Ferreira, que conclui: “Talvez, mas é uma péssima maneira de ter uma sociedade justa, digna e em liberdade”.

Por sua vez, o deputado Luís Monteiro atira: “Quais pezinhos de lã? O fascismo entra em casa pela TVI”. Para o bloquista, a “presença de um dos líderes da extrema-direita portuguesa, fiel seguidor da doutrina salazarista, devoto do regime hilteriano”, num programa da TVI, “não é um mero acontecimento da afamada ‘guerra’ das audiências entre “apresentadores famosos”. “É muito mais do que isso”, defende, considerando ser “mais preocupante ainda” e um “sinal dos tempos”.

“ A Comunicação Social sente que tem espaço e legitimidade para o fazer, alimenta o monstro, procura nele a polémica para a sua sobrevivência e sabe, melhor do que ninguém, o que significa propaganda política em canal aberto", critica, lembrando que tudo acontece apesar de a Constituição da República determinar que "não são consentidas associações armadas nem de tipo militar, militarizadas ou paramilitares, nem organizações racistas ou que perfilhem a ideologia fascista."

Isabel Pires, por seu turno, afirma que "não vale tudo" e defende que "não se pode defender a democracia e dar tempo de antena a este tipo de movimentos baseados no ódio e no preconceito". 

 

 

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