Fabian Figueiredo, dirigente nacional do Bloco e candidato à Câmara Municipal de Loures nas últimas autárquicas, defende ter sido vítima de ameaças de morte nas redes sociais. Em declarações ao Notícias ao Minuto, o bloquista detalhou, inclusive, que esta não foi a primeira vez que tal aconteceu.
As ameaças precedentes datam da campanha eleitoral para as autárquicas. Já esta, mais atual, reveste-se de outro perfil, “mais direcionado”. E foi por este motivo que Fabian Figueireido decidiu torná-la pública.
“Os defensores dos direitos humanos, democratas, ativistas dos direitos sociais, elementos que participam em movimentos sociais” têm sido ameaçados e “achei que, desse ponto de vista, esta era a melhor forma de tratar o assunto: torná-lo público e mostrar a crueldade da mensagem”.
Na mensagem que foi endereçada ao dirigente nacional do Bloco, o autor, identificado com Rúben Monteiro, deseja que Fabian seja o próximo ‘Zé da Messa’. Ora, recorde-se que José Carvalho - ‘Zé da Messa’ - “foi assassinado à porta da atual sede do Bloco de Esquerda”. O antigo dirigente do PSR, “que deu origem ao Bloco, era um ativista” e esta foi, como explicou, “a última vez que a Extrema Direita se dirigiu à sede do Bloco”.
Estas ameaças não “enfraquecem as convicções” de Fabian Figueiredo que irá, contudo, apresentar queixa ao Ministério Público. “A Extrema-Direita”, defendeu ainda, quer “criar um clima de medo e eu não irei colaborar nisso. Não vou deixar de fazer nada, continuarei a frequentar os sítios habituais, a andar sozinho quando assim as condições o determinarem, e a fazer as visitas necessárias”.
O dirigente nacional do Bloco não irá “ceder” às pressões porque “isso é que este radicalismo pretende. Isto é, um clima persecutório, de medo, de desconfiança e não farei isso. Nada disso amolece as minhas convicções ou limitará os meus movimentos”, garantiu.
As ameaças de morte de q sou alvo, como tantos outros democratas o são, não me enfraquecem as convicções nem me limitam os movimentos. Não deixo de fazer nada por causa disso. Apesar da extrema-direita, Portugal é uma democracia há mais de quarenta anos. O ódio nunca nos vencerá. pic.twitter.com/w0dytuiGum
— Fabian Figueiredo (@ffigueiredo14) January 23, 2019