No requerimento, os centristas esclarecem que, "em resposta a um requerimento anterior", o BdP enviou à comissão parlamentar de inquérito à CGD um conjunto de correspondência trocada com o banco público, dele constando uma carta de 06 de setembro de 2007 "em que o supervisor questiona a CGD sobre o projeto Vale do Lobo e a constituição da Wolfpart, assim como a participação na Resortpart, SGPS".
De acordo com o CDS-PP, "esta carta inicia uma troca de correspondência sobre a exposição incorrida na participação nesta sociedade e termina, em 29 de novembro de 2007, com a determinação, pelo Banco de Portugal, de que a CGD considere esta exposição como risco do próprio grupo".
Neste sentido, o partido requer agora à instituição liderada por Carlos Costa que informe "se existiu mais correspondência sobre este assunto", "se a sua determinação foi cumprida e quando", e se a participação "foi alvo de mais alguma ação pelo supervisor e quando".
Na audição ao ex-diretor de risco da CGD Vasco Orey, a deputada centrista Cecília Meireles questionou-o sobre se tinha tido conhecimento da carta de 06 de setembro de 2007, tendo Orey respondido que "talvez" tenha tido conhecimento da missiva.
"Acredito que tenha sabido disso", afirmou Vasco Orey.
O ex-diretor de risco do banco público acrescentou que "não era normal ter conhecimento de uma carta desse teor" e que não sabia "qual foi a relevância dada à carta", à época.