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PCP acusa Governo de "calculismo eleitoral" no caso do professores

O PCP usou hoje, por quatro vezes, a acusação de "calculismo eleitoral" para qualificar a criação de um ambiente de crise pelo Governo em torno da contabilização total do tempo de serviço dos professores.

PCP acusa Governo de "calculismo eleitoral" no caso do professores
Notícias ao Minuto

13:56 - 03/05/19 por Lusa

Política João Oliveira

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"Só o calculismo eleitoral pode justificar que o Governo utilize a reposição de um direito consagrado nos orçamentos do Estado de 2017 e 2018 como pretexto para abrir um clima de crise e tentar impor retrocessos", afirmou o líder parlamentar do PCP, João Oliveira, numa conferência de imprensa, na Assembleia da República, em Lisboa.

Ao longo da conferência de imprensa, João Oliveira utilizou quatro vezes o termo "calculismo eleitoral" para acusar o Governo e sublinhou que as propostas aprovadas na quarta-feira, no parlamento, "não têm qualquer impacto orçamental em 2019".

João Oliveira remeteu para o PS e o Governo a resposta sobre se, este clima de tensão com os partidos de esquerda pode ditar o fim do acordo com executivo, repetindo uma frase usada pelos comunistas desde 2015 -- "o nosso compromisso é com os trabalhadores e o povo".

"Nunca demos cheques em branco ao Governo", afirmou.

Para os comunistas, "é inaceitável a posição do PS e do Governo e de querer andar para trás" na reposição de direitos cortados durante o Governo PSD/CDS-PP.

O que os deputados da comissão parlamentar de Educação decidiram na quinta-feira à noite, a contagem de todo o tempo de serviço prestado pelos professores, é também "o que deverá acontecer relativamente a outros profissionais com carreiras especiais".

A Assembleia da República aprovou na quinta-feira uma alteração ao decreto do Governo, com os votos contra do PS e o apoio de todas as outras forças políticas, estipulando que o tempo de serviço a recuperar são os nove anos, quatro meses e dois dias reivindicados pelos sindicatos docentes.

Não ficou estabelecido qualquer calendário de recuperação do tempo de serviço, rejeitando as propostas do PCP e Bloco de Esquerda nesse sentido, mas foi aprovado, ainda assim, que os dois anos, nove meses e 18 dias devem ser recuperados com efeitos a janeiro de 2019.

Hoje de manhã, o primeiro-ministro, António Costa, fez uma reunião extraordinária sobre esta questão e tem prevista uma reunião, à tarde, com o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.

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